7ª Temporada,  Série

Livro vs Série – 7×07 – A Practical Guide for Time-Travellers

Olá, Sasses! Bem vindes a mais uma semana na qual essa vôs escreve passa horas pensando no que trazer para vocês no nosso querido Livro vs Série. O motivo? Uma adaptação extremamente fiel ao livro. Então, para a nossa análise, resolvi me concentrar em algumas cenas bônus, em contextualizar mais alguns acontecimentos com informações do livro.

Vamos começar com o núcleo passado, o qual tivemos uma ótima adaptação. Toda a parte de Willian é como no livro, porém ele não tem um amigo próximo como na série, ele tem alguns colegas, que tem cenas parecidas com as que vimos na série de hoje, porém pessoas diferentes, em momentos diferentes. Essa foi a primeira batalha de Willian, que não trouxe a glória que ele esperava, mas ele pode mostrar a que veio. Interessante mostrar a boa relação dele com general Fraser, algo que também vemos no livro. Criar um elo de amizade na série ajuda com o impacto emocional que nosso jovem Lorde sofre na batalha, assim como o pós, com o enterro dos mortos, algo que ele também se encarrega no livro.

Muitos podem se queixar que tivemos poucas cenas Jamie e Claire, porém, nessa preparação pré-batalha, a série foi extremamente fiel. A cena dos óculos foi perfeita, exatamente como no livro. São pequenos momentos como esse que temos no livro também. O final, com Jamie caído, foi para apertar o coração daqueles que não leram. No livro, temos Claire preparando seu posto para o atendimento e aguardando, apenas isso. Quando Jamie não aparece, ela simplesmente vai a procura dele, como disse que faria no episódio, o que com certeza vamos ver no próximo episódio.  

Vamos agora para o núcleo do futuro, o qual tem sido o destaque nesses últimos episódios. A história deles tem sido muito bem adaptada, resumindo algumas partes para dar mais agilidade para a narrativa, nada que vá prejudicar a história. Nossos trechos hoje vão se concentrar nesse núcleo, para trazer algumas informações complementares e interessantes do livro, ou simplesmente engraçadas. Por exemplo, a reação de Brianna ao reconhecer Buck pelo responsável por fazer com que Roger fosse enforcado. Confira nossa MacKenzie com sangue nos olhos:

“– Você! – exclamou ela. – Você fez Roger ser enforcado!
– É verdade – concordou ele, sem parecer muito perturbado. – Não que eu tivesse tido a intenção. E, se ele quiser me bater outra vez por causa disso, eu deixo. Mas…
– Isso foi por assustar as crianças – explicou Roger com igual frieza. – O enforcamento… vamos conversar sobre isso mais tarde.
– Bela conversa para um ministro – observou o sujeito, parecendo achar tudo aquilo muito divertido. – Não que a maioria dos ministros saia por aí interferindo com a mulher dos outros.
– Eu… – começou Roger, mas ela o interrompeu.
– Eu é que vou lhe dar um soco – disse Brianna, fitando-o com raiva.
William, para seu aborrecimento, fechou os olhos com força e se inclinou para a frente, as feições contraídas.
– Tudo bem – disse ele, através dos lábios comprimidos. – Vá em frente.
– No rosto, não – aconselhou Roger, examinando a mão machucada. – Faça-o ficar de pé e chute suas bolas.
Os olhos de William Buccleigh se arregalaram e ele encarou Roger com ar de censura.
– Acha que ela precisa de conselho?
– Acho que você precisa de um lábio inchado – retrucou ela, mas voltou a se sentar, examinando-o, e respirou fundo. – Certo – disse ela, mais calma. – Comece a falar.”

Ainda com Buck, a conversa que ele tem com Brianna, sobre como foi sua viagem pelas pedras, é um pouco mais detalhada no livro, incluindo sua tentativa infrutífera de voltar para casa. A série destaca a necessidade da pedra preciosa, mas vale destacar que no livro é possível viajar sem elas, que atuam mesmo como proteção. No livro, o portal para viagem não está sempre aberto, a viagem costuma ser possível apenas durante eventos astronômicos específicos, como solstício, ou festas do fogo. Confira o trecho completo da conversa de Buck e Brianna:

“– Quando você recuperou os sentidos depois que… atravessou, e percebeu o que tinha acontecido – perguntou ela com curiosidade –, por que não voltou para dentro do círculo no mesmo instante?
Ele deu de ombros.
– Eu fiz isso. Embora não possa dizer que tenha percebido de imediato o que acontecera. Só cheguei a essa conclusão depois de alguns dias. Sabia que algo terrível ocorrera e que as pedras tinham a ver com isso. Assim, fiquei com medo delas, como bem pode compreender.
Ela podia compreender. Não se aproximaria nem 1 quilômetro de um monólito, a menos que fosse para salvar algum membro da família de um terrível destino. E ainda assim pensaria duas vezes. Mas descartou a ideia e retornou ao seu interrogatório:
– Mas você voltou, como contou. O que aconteceu?
Olhou desamparado para ela, espalmando as mãos.
– Não sei como descrever isso. Nada parecido me acontecera antes.
– Tente – sugeriu ela, endurecendo a voz, e ele suspirou.
– Sim. Bem, caminhei até o círculo de pedras e dessa vez eu podia ouvilas… as pedras. Como se falassem com elas mesmas, zumbindo como uma
colmeia e com um som que fazia os cabelos da minha nuca ficarem em pé.
Teve vontade de se virar e sair correndo, mas, pensando em Morag e Jemmy, resolveu continuar. Caminhou até o centro do círculo, onde o barulho o atacava de todos os lados.
– Achei que ia enlouquecer com aquele ruído – explicou, com franqueza.
– Colocar o dedo nos ouvidos de nada adiantava. Estava dentro de mim, como se viesse dos meus ossos. Foi assim com você? – perguntou de repente, espreitando-a com curiosidade.
– Sim, foi – respondeu ela sucintamente. – Ou quase. Continue. O que fez, então?
Ele vira a fenda na pedra maior por onde havia atravessado na primeira vez e, prendendo a respiração ao máximo, arremessara-se por ela.
– E pode me matar por me achar um mentiroso se quiser. Não sei o que aconteceu em seguida, eu juro, mas depois disso eu me vi deitado na grama no meio das pedras, e estava em chamas.
Ela olhou para ele, surpresa.
– Literalmente? Quero dizer, suas roupas queimavam ou foi apenas…?
– Eu sei o que “literalmente” significa – replicou ele, com um laivo de irritação na voz. – Eu posso não ser o que você é, mas tive educação.
– Desculpe. – Ela fez um pequeno aceno de desculpas com a cabeça e gesticulou, indicando-lhe que continuasse.
– De qualquer modo, sim, eu estava literalmente em chamas. Minha camisa estava em chamas. Olhe.
Ele abriu o zíper do casaco e tateou os botões da camisa de cambraia azul de Roger, abrindo-a para mostrar a marca espalhada e avermelhada de uma queimadura curada no peito. Ele teria abotoado a camisa outra vez imediatamente, mas ela fez sinal para que não o fizesse e se inclinou para olhar mais de perto. Parecia centralizada em seu coração. Teria algum significado?, pensou.
– Obrigada – disse Brianna, endireitando-se. – O que… O que estava pensando quando atravessou a fenda?
Ele a fitou, espantado.
– Estava pensando que queria voltar, o que mais?
– Sim, claro. Mas estava pensando em alguém em particular? Em Morag, quero dizer, ou no seu filho?
A expressão mais extraordinária – vergonha?, constrangimento? – atravessou seu rosto e ele desviou o olhar.
– Estava – respondeu ele.
E ela percebeu que ele mentia, mas não conseguia imaginar por quê. Ele pigarreou e continuou a falar:
– Bem… Rolei pela grama para apagar o fogo e depois vomitei. Fiquei lá por um bom tempo, sem forças para me levantar. Não sei por quanto tempo, mas não foi pouco. Sabe como é aqui, perto do Solstício do Verão? Aquela luz esbranquiçada quando a gente não consegue ver o sol, mas na verdade ele ainda não se pôs?
– Sim, a claridade pálida do verão – murmurou Brianna. – Sim… quero dizer, sim, eu sei. Então você tentou outra vez?
Agora, era vergonha. O sol estava baixo e as nuvens irradiavam uma cor laranja opaca que banhava o lago, as colinas e a ponte com um rubor soturno, mas ainda era possível divisar o rubor mais intenso que se espalhou pelas proeminentes maçãs do rosto de Buccleigh.
– Não – murmurou ele. – Tive medo.”

Outra informação que acho legal destacar é a relação de Rob Cameron com a família MacKenzie. São foi só um jantar e estamos amigos. Ele encontra com Roger na reunião da Maçonaria, depois vai a sua palestra, então começa a levar Jem para brincar com sobrinho e visse versa. Pequenas coisas que constroem uma relação ao longo de algumas semanas. Confira alguns pequenos trechos de passeios das crianças, que construiu a relação de confiança do nosso casal com Cameron:

“Rob viera devolver um livro que Roger havia lhe emprestado e fazer um convite: Jem gostaria de ir ao cinema com Bobby na sexta-feira, depois uma boa ceia de peixe e passar a noite?
– Tenho certeza que ele vai gostar – disse Brianna. – Mas ele não está… Ah, lá está ele.
Annie acabara de surgir no caminho de casa, com uns estrépitos das engrenagens que fizeram o motor morrer. Brianna estremeceu ligeiramente, satisfeita por Annie não ter levado seu carro.
Quando finalmente as crianças foram retiradas do carro, limpas com um lenço e levadas a apertar a mão do sr. Cameron educadamente, Roger saiu dos fundos da casa e foi envolvido em uma conversa sobre seus esforços na capela, que chegaram a um ponto em que se tornou óbvio que era hora do jantar e seria indelicado não convidá-lo a ficar…
[…]
Brianna jantou sem notar o que havia em seu prato. Jem ia passar a noite com Bobby outra vez e sair para pescar no sábado com Rob em Rothiemurchus. Ela sentiu uma pequena pontada de inveja disso. Lembrava-se de seu pai pacientemente ensinando Jem a pescar, com a vara feita em casa e a linha de costurar, que era tudo que tinham. Ele se lembraria?
[…]
Roger estava deitado na cama, observando o luar sobre o rosto adormecido de Brianna. Era muito tarde, mas ele não conseguia dormir. Estranho, pois geralmente adormecia em questão de segundos depois de fazer amor.
Felizmente, ela adormecia também; adormecera essa noite enroscando-se contra ele como um camarão grande e afetuoso antes de resvalar para uma inércia cálida e nua em seus braços.
Fora maravilhoso, mas um pouquinho diferente. Brianna estava quase sempre disposta, até mesmo ansiosa, e dessa vez não fora diferente, embora ela tivesse feito questão de trancar a porta do quarto. Ele havia instalado a tranca porque Jem aprendera a forçar fechaduras aos 7 anos. Ainda estava trancada, na realidade. Então saiu das cobertas para destrancá-la. Jem estava passando a noite com seu novo amigo, Bobby, mas, se Mandy precisasse deles durante a noite, ele não queria que ela encontrasse a porta trancada.”

Ah! Uma observação interessante, apesar do nome, Rob Cameron não tem uma ligação com Jocasta Camaron, tia de Jamie. Vale lembrar que a própria Jocasta teve três maridos Camaron ao longo da vida. Alguns sobrenomes são bem comuns na Escócia, e nem sempre tem ligação. Já vimos diferentes braços do MacDonalds, por exemplo, assim como Frasers.

E por hoje é isso. Não sei vocês, Sasses, mas eu estou amando a temporada, como fã da série e dos livros. Ela está entregando tudo que eu esperava e até um pouco mais. Acredito que possa ser uma experiência diferente para alguns, mas não deixa de ser uma incrível jornada para todos nós. E você, gostou do episódio? O que está achando da adaptação? Comente! ?

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