7ª Temporada,  Série

Livro vs Série – 7×04 – A Most Unconfortable Woman

Pois bem meu povo, chegamos à metade da 7A, ou da primeira parte da sétima temporada. Como teremos um intervalo maior entre as duas metades da temporada, ficamos a sensação de duas temporadas dentro uma maior. E, já me tornando repetitiva, que trabalho lindo de adaptação que a série está entregando, não foi diferente com este quarto episódio, “A Most Unconfortable Woman”. Muitos cortes? Sim, mas a essência está toda ali. Meu único medo é ficar um pouco corrido, porém até o momento esse não é um fator que me incomodou.

Acredito que o principal corte foi na trama de Jamie e Claire. Eles tiveram sua jornada interrompida mesmo antes de começar sendo forçados a irem partiram para o Forte Ticonderoga, servir no exército americano. Isso também acontece no livro, porém do ponto em que nosso casal chega em New Bern (eles vão para lá em vez Wilmington), até seguirem caminho para o forte temos uma série acontecimentos e infortúnios. Nosso casal, junto a Ian e Rollo, embarca para Escócia, porém o navio é abordado por um navio inglês, comandado por um capitão que não tem boa fama, que tenta forçar o alistamento de Jamie e Ian. Claire age por impulso, para libertá-los, eles acabam se apossando do navio britânico e fogem, enquanto o capitão assume o outro navio para persegui-los. O coitado do Rollo acaba ficando para trás nisso. Tudo bem, muita confusão, eis surge mais um navio na história, um corsário pró-americano, que tinha rivalidade com o capitão inglês, e quase afunda nossa família pensando que o capitão ainda estava em seu navio. Pois bem, temos muitas confusões, navios retomados, diversas discussões políticas, alguns novos amigos, outros nem tanto, e nosso casal acaba precisando ir dedicar um tempo de serviço antes de ir para a Escócia, e é quanto eles terminam indo para o Forte Ticonderoga, com a tripulação inglesa de prisioneiros ainda. Ou seja, a série simplesmente simplificou a jornada, os colocando direto no caminho para Ticonderoga.

Não vou conseguir colocar trechos da história aqui de forma a fazer sentido, pois são alguns capítulos contando tudo isso, com muitos acontecimentos um atrás um do outro. Porém, temos uma das cartas de Claire para Brianna, que ela fala por alto dos ocorridos que impediu a viagem. Fiquem o esse trecho da carta:

2 de junho de 1777
Fort Ticonderoga
Querida Bri et al.
Como sem dúvida perceberam pelo cabeçalho desta carta, nós (ainda) não estamos na Escócia. Tivemos certa dificuldade em nossa viagem, envolvendo: a) a Marinha Britânica, na pessoa do capitão Stebbings, que tentou recrutar seu pai e seu primo Ian à força (não funcionou); b) um corsário americano (embora o capitão, um tal de Asa Hickman, insista em uma “carta de corso” como a designação mais digna da missão de seu navio, que é essencialmente pirataria, mas realizada sob o aval do Congresso americano); c) Rollo; e d) o cavalheiro que mencionei antes, chamado (eu acreditava) John Smith, mas que veio a ser um desertor da Marinha Real chamado Bill Marsden (vulgo “Jonah”, e começo a achar que eles têm razão).
Sem entrar em detalhes de toda a sanguinária farsa, vou apenas relatar que Jamie, Ian, o maldito cachorro e eu estamos bem. Até agora. Espero que assim continue pelos próximos 42 dias, quando então o contrato de curto prazo de comandante de milícia de seu pai expira. (Não pergunte. Essencialmente, ele estava salvando o pescoço do sr. Marsden, bem como garantindo o bem-estar de algumas dezenas de marinheiros forçados à pirataria.) Quando isso acontecer, pretendemos partir em qualquer embarcação que possa estar se dirigindo à Europa, desde que esse transporte não seja comandando por Asa Hickman. Talvez tenhamos que viajar por terra até Boston para isso, mas que assim seja. (Creio que
seria interessante ver como Boston está atualmente. A Back Bay ainda sendo de água e tudo mais, quero dizer. Ao menos o parque Common ainda estará lá, apesar de ter mais vacas do que estávamos acostumados.)
O forte está sob o comando de certo general Anthony Wayne e tenho a desconfortável sensação de ter ouvido Roger mencionar esse homem usando o apelido de “Anthony Maluco”. Espero que essa designação se refira ou vá se referir à sua conduta em batalha, e não na administração. Até agora, ele parece racional, ainda que atormentado
.”

Outro núcleo em destaque foi o de Ian e Willian. Ian se oferece para encontrar outras tribos indígenas, atuar como um representante para trazer mais índios para o lado americano, isso para colocar Ian no caminho de Willian. No livro, Ian vai para o forte, mas não serve lá, vira um explorador, e acaba indo em suas próprias viagens, prometendo voltar no prazo que Jamie termina seu serviço obrigatório. São nessas explorações que ele encontra um Willian perdido e ferido, assim como mostrado na série. Uma mudança, em sua jornada juntos, eles encontram outros índios, e é interessante que, pra proteger o jovem lorde, Ian que ele é de sua família, e eles começam a se chamar de primos. Ian, sendo um grande observador concluiu a paternidade de Willian, mas o jovem não faz ideia do quão real são essas palavras (no livro Ian não tem nenhum conhecimento prévio da paternidade de Willian). Um desses índios sugere que Willian escolha um animal como guia espiritual para ajudar com sua cura, e o lorde escolhe o urso. Como na série, depois ele deixa Willian ao cuidado dos Hunter e segue jornada. Ele deixa um bilhete, com dinheiro e um presente: um amuleto que pertenceu a um amigo dos índios, conhecido como Matador de Ursos (Jamie). A série deixa o terço, mas no livro, esse terço está com Willian desde que Jamie deixou Hellwater lá no terceiro livro (correções da adaptação rs).

Fiquem com alguns trechos dos “primos”:

“Havia vários índios agachados ao redor da fogueira, sem se sentar no chão para manter o traseiro longe do capim molhado de sereno. Um, dois, três… seis ao todo. Murray estava sentado no tronco com um deles, conversando.
Não, sete. Outro homem, o que havia tocado nele, espreitava seu rosto.
– Acha que vai morrer? – perguntou o homem, com um leve ar de curiosidade.
– Não – respondeu William entre dentes. – Quem é você?
O índio pareceu achar a pergunta engraçada e gritou para seus amigos, repetindo-a. Todos riram e Murray olhou em sua direção, levantando-se quando viu que William estava acordado.
– Kahnyen’kehaka – disse o homem que assomava sobre ele, rindo. – Quem é você?
– Ele é meu parente – respondeu Murray antes que William pudesse fazêlo.
Empurrou levemente o índio para o lado e se agachou ao lado de William.
– Ainda está vivo, hein?
– Evidentemente. – Lançou um olhar mal-humorado para Murray. – Não vai me apresentar aos seus… amigos?
O primeiro índio desatou a rir e pareceu traduzir o que ele acabara de dizer para os outros dois ou três que haviam se aproximado para espreitá-lo com interesse. Também acharam engraçado.
Murray não pareceu se divertir.
– Meus parentes. Alguns deles. Quer água?
– Você tem muitos parentes… primo. Sim, por favor.
[…]
O índio atarracado se ajoelhou a seu lado, afastando o cachorro. William não podia fazer nenhuma das perguntas que entupiam seu cérebro.
– Por que o chamam de Glutão? – perguntou em vez disso, em meio a uma neblina de dor e febre.
O índio exibiu um largo sorriso e abriu a gola da camisa, revelando uma rede de cicatrizes altas que cobriam pescoço e peito.
– Matei um com as mãos. Meu espírito animal de proteção agora. Você tem um?
– Não.
O índio o olhou com reprovação.
– Você precisa de um, se vai sobreviver a isso. Escolha um. Um bastante forte.
Confusamente obediente, William navegou através de imagens aleatórias de animais: porco… cobra… veado… rato-almiscarado… Não, fedidos demais.
– Urso – falou, escolhendo com determinação. – Nenhum mais forte do que um urso, não é mesmo?
– Urso – repetiu o índio. – Sim, este é bom.
[…]
Aberto, (o pacote) continha um pequeno maço de notas de “continentais”, o papelmoeda das colônias; uma bolsinha usada contendo a soma de 1 guinéu, 3 xelins e 2 pennies em moedas; uma carta dobrada – dobrada várias vezes, pelo que pôde notar – e outro pacotinho, menor, este ainda amarrado. Deixando este e o dinheiro de lado, abriu a carta.
Primo,
Espero encontrá-lo com mais saúde do que a última vez em que o vi.
Se assim for, deixarei um cavalo e algum dinheiro para ajudá-lo em sua jornada. Se não, deixarei dinheiro para pagar remédios ou seu enterro.
O outro é um presente de um amigo a quem os índios chamam de Matador de Urso. Ele espera que você o use em boa saúde. Desejo-lhe sorte em suas aventuras.
Seu criado,
Ian Murray

Ambos esses trechos que trouxe para vocês não mudam efetivamente a narrativa da adaptação, que acaba chegando ao mesmo fim, mas trazem mais aventuras e curiosidades. Mas e o terceiro núcleo do episódio? Nada acrescentar, como na série temos um salto temporal, só não vemos a Mackenzie morando em nenhum trailer, mas a adaptação foi bem fiel. E preciso dizer: AMANDA CHEGOU CHEGANDO MARAVILHOSAMENTE BEM! Apensa isso. No mais, temos que aguardar próximos episódios, mas série já deu indícios que está seguindo o exato caminho dos livros.

E com isso, encerramos nosso Livro vs Série da semana. E você, Sasse, está gostou do episódio? Curtindo a adaptação nessa temporada? Eu sigo amando! Comente! ?

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2 Comments

  • Érika

    Adorooooo as lives!!!! Fico impressionada em como vcs lembram de toda a história, mesmo sendo relacionadas aos outros livros. Não lembro nem o que comi ontem kkkkk. Vocês são perfeitas, parabéns pelo trabalho!!!!!

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