Outlander – 2×13 – Dragonfly in Amber
“Mas quando eu estiver diante de Deus, eu vou ter uma coisa a dizer a pesar contra todo o resto. Senhor, você me deu uma mulher rara e Deus, eu a amei demais.” – Jamie Fraser
Desde o episódio Je Suis Prest eu afirmo que não estava pronta para o final dessa temporada de Outlander. Sou fã dos livros de Diana Gabaldon e na adaptação foram mudados alguns pontos aqui e ali durante essa temporada, uns bem-vindos e outros nem tanto. Nos 90 minutos da season finale personagens importantes foram introduzidos e as pontas soltas foram unidas, Jamie e Claire não conseguiram interromper a Batalha de Culloden, ela aconteceu e não sabemos quem morreu com certeza nela, provavelmente isso e a batalha serão mostrados na terceira temporada.
Em 1968, Roger Wakefield/Mackenzie interpretado por Richard Rankin cresceu e cresceu bem, bonito, inteligente e completamente perdido o que traz um tom mais suave e divertido entre a tensão presente entre Claire e sua filha Brianna. Roger está tentando lidar com a dor da perda de seu pai adotivo o Reverendo Wakefield, um grande amigo de Frank Randall, durante o funeral Roger fica hipnotizado pela beleza ruiva de Brianna Randall (Sophie Skelton) que tem a mesma teimosia, impetuosidade, altivez, olhar e temperamento selvagem do seu pai biológico James Fraser. E vemos Claire, vinte anos mais velha e com quase 50 anos; e simplesmente maravilhosa, elegante, só com alguns fios brancos e mais linda do que nunca. E não é a toa que as mulheres a invejem e digam que ela é uma bruxa porque ela consegue ser linda em qualquer século e com qualquer tendência de moda.
O episódio foi muito bem escrito e dirigido com as cenas de Culloden de 1746 e da Escócia de 1968 que foram intercaladas provocando um ritmo mais dinâmico. Continuando em 1968, Claire se apresenta a Roger como a viúva de Frank Randall e Roger a convida junto com sua filha Brianna para ficarem hospedadas em sua casa e para que ele também mostre um pouco dos pontos turísticos da Escócia. A noite Claire está melancolicamente sentada tomando um uísque quando Roger aparece, ela então fica sabendo que ele é um Mackenzie e Roger pergunta como ela consegue dizer adeus para quem ama, mas Claire admite que nunca foi boa nisso.
No dia seguinte, Roger e Brianna fazem um tour turístico visitando a Universidade de Oxford, o Fort William e fazem um piquenique onde eles falam sobre os seus pais e Brianna pergunta a Roger se ele consegue se lembrar de um incidente quando Claire e Frank ficaram hospedados em sua casa, ele diz que era muito jovem para se recordar, mas no porão de sua casa ele encontra o diário do reverendo e uma caixa com vários documentos e recortes de jornal sobre os Randall. Claire também está passeando e visita Lallybroch que está à venda, nesse momento ela começa a ter lembranças das pessoas que viveram ali e de Jamie… Vê e o ouve declamar o poema de Catulo. Duas coisas a pontuar, o meu primeiro momento de lágrimas em ver Lallybroch destruída e a dor que a falta de Jamie representa para ela. E a minha indignação com todos os descendentes de Jenny e Ian que não tomaram conta de Lallybroch depois de todos os sacrifícios de Jamie para que a propriedade ficasse com a família.
Em 1746, a desolação toma conta de todos e Jamie após mais uma tentativa frustrada em demover o tolo, presunçoso e insuportável Príncipe Charles de seguir com a Batalha de Culloden, conversa com Claire e ela fala sobre a possibilidade de matarem Charles envenenado, afinal, sem Charles o exército não teria um comandante a seguir. Dougal que estava ouvindo toda a conversa entra totalmente fora de controle e transtornado, chama Jamie de traidor e Claire de outros nomes não tão doces, saca a sua espada e vai para cima de Jamie, eles lutam e Jamie com a ajuda de Claire matam Dougal.
Rupert aparece e vê a cena, mas Jamie pede que ele lhe dê duas horas para que possa resolver algumas coisas e garante que ele voltará para responder por seu crime. Jamie conta a Murtagh que matou o seu tio e pede para que ele conduza os seus homens em segurança de volta a Lallybroch, pois ele sabe que é uma batalha perdida e não quer que os seus homens morram. Jamie pede para que Murtagh e Claire assinem como testemunhas a escritura de transferência de Lallybroch para o seu sobrinho com a data de antes da revolta quando ele não era um traidor da Coroa. Em uma cena emocionante Jamie pede que Fergus leve esse documento, proteja com a sua vida e entregue a sua irmã, então Jamie e Claire se despedem e falam que o amam como a um filho. Aí eu chorei novamente porque Jamie, Claire e Fergus são tão amorzinhos. Murtagh antes de ir fala que retornará para lutar ao lado de Jamie mesmo que essa seja a última batalha. Ah, Murtagh não morra!
De volta a 1968, Claire está visitando Culloden e recorda-se de Frank descrevendo o horror que foi a batalha de Culloden, ela para em frente da pedra com o nome do Clã Fraser e então, começa a falar e finalmente se despede de Jamie. E nessa hora eu me acabei de chorar com Claire expondo toda a sua dor e sofrimento. Brianna encontra os recortes sobre o sumiço de três anos de sua mãe e a confronta querendo saber o que ela fez nos últimos dois dias, e se ela foi se encontrar com o seu pai, porque ela descobriu que Frank Randall não era o seu pai, pois Claire já estava grávida quando retornou. Claire diz que é complicado, que prometeu para Frank que não contaria nada para ela, fala sobre a sua viagem no tempo e que o seu pai James Fraser morreu na Batalha de Culloden. É claro que eles não acreditam em Claire, Brianna é muito parecida com Jamie, mas tem a mesma língua afiada de Claire e diz que ela é que deveria estar morta. Claire com lágrimas nos olhos fala que Jamie não foi um caso, mas o amor da sua vida.
Roger tenta fazer com que Brianna compreenda a sua mãe e consegue fazer com que ela converse com Claire sobre o seu pai. Claire vê um panfleto que Gillian Edgars deu a Brianna na universidade e reconhece Geillis, a sua amiga que ficou presa com ela no século 18 e se recorda que ela disse 1968, o ano em que ela veio através das pedras. Claire vai até a casa dela, conversa com o seu marido, descobre que ela não aparece em casa faz tempo e que está fanática pela causa jacobita, Claire pega uns cadernos de anotações dela e leva embora. Quando retorna Claire encontra com Roger e diz que pediu para fazer a sua árvore genealógica e que ele é um descendente de Dougal e Geillis, Roger e Brianna contam que viram Gillian/Geillis e que ela disse que estava deixando a cidade naquela noite para promover a sua causa. Claire mostra as anotações dela e fala que precisa avisá-la sobre o seu destino em Cranesmur.
De volta a Jamie e Claire, finalmente chega a hora do adeus… Claire não está pronta para isso, mas quem está? Ela não quer deixá-lo, mas Jamie diz que contou e sabe que ela está grávida, sabe que vai morrer na batalha e a única coisa que vai restar dele é esse filho, então pede que ela prometa que vai proteger essa criança. Claire implora para ele passar com ela pelas pedras, mas ele não consegue. Eles se amam ali mesmo no chão e perto das pedras, é rápido, mas com paixão e com os tiros de canhões e a morte tão próximos. Ele dá o anel de seu pai e pede que Claire dê o nome de seu pai, Brian, para a criança. Foi lindo demais, Jamie caminha com ela de costas para a pedra como se estivem em uma dança de adeus, se olhando, memorizando cada detalhe de cada um, dizendo “eu te amo” e quando eles chegam à pedra, Jamie a vira, segura a sua mão para encostar na pedra, diz adeus e só então ele derrama uma única lágrima e essa única lágrima acabou comigo porque foi tão desesperador saber que é um adeus e que eles não vão se encontrar mais. E podem mudar ou cortar trechos, mas com certeza o amor entre os personagens e a química entre os atores é imensa e emociona muito.
Claire, Brianna e Roger chegam no momento em que Gillian/Geillis passa pelas pedras e descobrem que ela matou o seu marido, pois acredita em sacrifícios. Eles ouvem o zumbido das pedras e Brianna finalmente acredita em sua mãe, pede que não exista mais mentiras entre elas. Roger volta depois de chamar a polícia e Brianna pede para ele falar para sua mãe o que descobriram e ele entrega uma carta do seu pai que descobre que Jamie sobreviveu a Culloden. Claire descobre que Jamie está vivo e que ela tem que voltar!
Outlander encerrou com um trabalho consistente nessa temporada e continua sendo uma série maravilhosa tenho mais uma vez que falar da atuação maravilhosa de Sam Heughan e de Caitriona Balfe que dominou a temporada com uma atuação magnífica, toda a mudança que a atriz somou ao envelhecimento de sua personagem como o seu comportamento, o seu tom de voz, a sua postura e desde a primeira cena em que ela apareceu era evidente o sofrimento e a solidão em seu olhar; na última cena em que ela fica sabendo que Jamie está vivo a mudança é nítida como se ela revivesse nesse momento. Que venha logo a próxima temporada. E para os que não leram os livros muitas questões ficam para serem respondidas: porque Jamie não morreu, Claire disse que vai voltar, mas será que ela vai abandonar a sua filha? O que Jamie fez nesses 20 anos? Roger e Brianna escutaram as pedras, eles podem viajar no tempo também? Geillis tem um marido em cada século e será que ela sempre mata o pobre? Até a próxima temporada porque Outlander é uma maravilhosa história de um amor épico e inabalável repleto de muita aventura, drama e paixão.
OUT¹: Frase desse episódio: “Eu não tinha a intenção de me apaixonar. Na verdade, eu lutei contra isso, mas eu não podia negar o que eu sentia por ele. Eu tentei, mas não consegui. Foi a coisa mais poderosa que eu já senti na minha vida ” – Claire Fraser
OUT²: Jamie, o homem que conta o seu ciclo menstrual, isso é puro amor! E jamais vou perdoar a autora por esses 20 anos de separação, jamais!
Nota: começamos a publicar resenhas na segunda temporada em nossa página com colaboração da Ethel, confira a dela também:
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