5ª Temporada,  Brianna Randall Fraser,  Caitriona Balfe,  César Domboy,  Claire Fraser,  David Berry,  Diana Gabaldon,  Duncan Lacroix,  Escócia,  Fergus,  Frank Randall,  Germain,  Jamie Fraser,  Jemmy,  Lord John Grey,  Marsali,  Murtagh Fraser,  Outlander,  Resenha,  Richard Rankin,  Roger Wakefield,  Sam Heughan,  Série,  Sophie Skelton,  Stephen Bonnet,  Tobias Menzies

Outlander 5×02 – Between Two Fires

“Agora eu mudo o futuro toda vez que eu salvo a vida de uma pessoa aqui. Então tempo, espaço, história… que se danem!”Claire Fraser

Assistindo ao segundo episódio da quinta temporada de Outlander, eu me peguei pensando em como há  tantos fatos similares e assustadores entre a América do século XVIII com os tempos atuais em que vivemos. Respeitando evidentemente as devidas proporções, me deparei com a crescente intolerância que aflige os nossos dias e que foi mostrada durante o episódio 5×02 – Between Two Fires.

Os Reguladores e que têm como o seu líder o nosso querido Mumu e padrinho de JamieMurtagh Fitzgibbons Fraser – e que de forma surpreendente surgiu no início deste episódio como uma figura sádica, bom pelo menos para mim. As pessoas que integram os Reguladores são pessoas comuns e muitas como o seu líder vieram de outros países, trabalhando para a Coroa ou sendo forçados a trabalhar até conseguirem sua liberdade e começarem a construir suas vidas na nova terra. Eles veem na figura do governador assim como daqueles que estão no poder e que usam da sua posição para abusarem os menos favorecidos, sendo através de impostos abusivos, corrupção, da violência truculenta, bens roubados e vidas destruídas, os vilões. Muitos perderam suas casas, seu ganha pão, liberdade e muitas vezes até suas vidas. São pessoas comuns e que têm em comum uma única coisa, o “senso de justiça”. E que às vezes diante de fatos inusitados, e, talvez no calor do momento se revelam como pessoas violentas e cruéis como vimos logo no começo do episódio quando Murtagh ordenou que alguns homens fossem retirados de suas casas ou do local de trabalho, para serem espancados e torturados.

O interessante é que também fomos apresentados ao Tenente Knox que demonstrou ser um oficial que mesmo cumprindo o seu dever à risca como representante da Coroa, se compadece quando encontra pessoas menos favorecidas, mesmo que não entenda a falta de modos e educação daquelas pessoas. Knox confessa a Jamie que o seu objetivo é terminar o mais rápido possível a tarefa de capturar Murtagh, para quem sabe obter a mesma benevolência que o Governador Tryon teve para com Jamie. Mas quando o tenente chega a Hillsborough e se depara com a violência e destruição provocada pelos Reguladores, ele perde o controle e acaba matando um dos suspeitos a sangue frio e sem o devido julgamento como manda a lei.

Jamie também fica em uma posição difícil, caminhando entre a “cruz e a caldeirinha”, de um lado há o seu juramento à Coroa e ao Governador Tryon, sabendo que ele tem que lutar e proteger os seus, como também não perder as suas terras. E na outra ponta há o seu padrinho Murtagh que é o líder dos Reguladores e que luta pelos direitos dos seus homens. Jamie entende a causa de Murtagh mesmo que não concorde com os meios que eles usem. Por ora, ele consegue libertar os reguladores que estavam presos e não ser descoberto, mas sabe que o tempo da guerra está chegando, que precisa encontrar homens e lutar contra Murtagh na guerra que virá.

Nos livros o personagem de Murtagh morria na Batalha de Culloden. Na série o personagem caiu nas graças da audiência por ser o amigo fiel de Claire, a figura paterna de Jamie e o escocês de humor ácido que tanto aprendemos a amar. E foi uma grata surpresa quando o personagem apareceu vivo na terceira temporada, depois engatou um romance com Jocasta, a tia viúva de Jamie. Mas não posso tratar como normalidade o que não é digno deste termo. Não gostei de ver Murtagh sendo apresentado como um torturador e sádico neste episódio. Entendo a causa pela qual ele luta, porém voltando ao ponto em quando falei sobre justiça e justiceiros, se combatermos fogo com fogo, morreremos todos queimados! Por isso mostrar o personagem combatendo a violência com a própria violência não o faz mais justo, ou mais honesto. Assim como não fez com o Tenente Knox. Só os tornou mais intolerantes, criminosos e sem controle. Algo me diz que talvez tenha chegado o momento de Murtagh sair de cena e só espero que não seja pelas mãos de Jamie, pois o nosso amado highlander já tem muitas espiações em seu armário para carregar.

Em Fraser’s Ridge, Claire é confrontada com a morte de um paciente e ela se sente impotente por ser uma médica que mesmo tendo o conhecimento não consegue lutar contra as doenças pelas limitações daquela época. Ela também sente o preconceito simplesmente por ser uma mulher que cura e não um homem com o título de doutor, que mesmo usando de métodos nem tão confiáveis é mais respeitado do que ela só por ser homem. Então, ela toma algumas decisões que diferem dos livros como enviar prescrições médicas aos colonos assinando em nome do médico que era o dono da sua agora maleta médica e microscópio. Depois ela sabendo que precisa de uma ajudante em seu consultório, escolhe Marsali que é uma mulher tão forte e habilidosa como ela, que sabe costurar e lidar com facas e sangue sem desmaiar. Dessa mudança, eu particularmente gostei porque não gosto do arco de Malva Christie nos livros e de tudo o que ocorreu depois. E ter Marsali convivendo mais com Claire e em Fraser’s Ridge me deixa bem feliz. Simplesmente amo Caitriona Balfe e Lauren Lyle juntas! Claire precisa treinar Marsali e para isso usa o corpo do falecido paciente para suas investidas no laboratório de anatomia da Casa Grande. Já essa mudança, eu não consigo comprar e gostar. Claro que Claire é uma mulher inteligente e prática, uma cientista e mesmo que nos livros ela tenha feito uma autópsia com a ajuda de Jamie, eu não a vejo fazendo isso e acredito que Roger mesmo tendo o maior crush na sogrinha, não  a ajudaria a ocultar o cadáver para as experiências e depois o devolveria ao cemitério.

Falando em Roger, ele ainda não consegue se adaptar a essa nova vida e sente a urgência em voltar com Brianna e Jemmy para o seu verdadeiro tempo. Ele fala isso à Brianna e confessa que ainda não é alguém da família, mas um soldado de Jamie. Em uma consulta com Claire, ele descobre que tem miopia em um olho, mas confessa que a sua falta de habilidade em atirar talvez seja por ser um filho de um reverendo e não de um guerreiro como Jamie. Claire reforça que está feliz com todos eles juntos dela, mas que não é seguro para eles naquele tempo e que mesmo sofrendo terrivelmente o melhor seria que eles partissem quando descobrissem se Jemmy é um viajante do tempo como eles. Depois Roger descobre desenhos que Brianna fez de Stephen Bonnet, pois o disgramado aterroriza a pobre como um fantasma e quebra o doce momento quando Brianna o elogia como pai; e depois quando o pequeno Jemmy ensaia os primeiros passos.

E para encerrar com chave de ouro o episódio, bem próximo deles encontramos o maldito e bem vivo Stephen Bonnet que após duelar mostrando toda a sua perícia também age com total crueldade e sarcasmo, afirmando que agora precisa mudar a sua forma de agir porque tem um filho. Enfim, Outlander tem um vilão e que grande vilão, meus senhores! Só que o pirata não parece tão esperto assim, porque duvido de o dó que Jeremiah seja seu filho!

Confesso que eu assisti este episódio três vezes para assimilá-lo melhor. Houve mudanças e não que eu seja avessa à mudanças, mas algumas me incomodaram muito. Principalmente a mudança ocorrida com o personagem do Murtagh, mas de forma geral continuo gostando muito do que está sendo feito nesta temporada. O quinto livro de Outlander é um dos mais arrastados de toda a saga, ele possui trechos lindos e maravilhosos, porém é recheado de momentos enfadonhos como a preparação da guerra, do grande encontro e do interminável casamento. Eles conseguiram adaptar  bem o enredo desses dois primeiros episódios e neste episódio a minha atenção estava tão presa, que até assustei quando os letreiros subiram. Que continue assim, que mudanças aconteçam e que tragam mais emoção para a história, mas principalmente sem mudar a essência de Outlander e dos seus personagens.

OUT¹: Temos os Bugs em Fraser’s Ridge e a Sra. Murdina Bug já chegou achando Claire louca por fazer pães e mais pães para depois deixar embolorar. Quero a Sra. Bug chamando as galinhas pelos nomes e fazendo fofoca de todo mundo na Colina e sendo a empregada sem filtro que ela é, adoro! Hahaha

OUT²: Roger meu filho, eu amo música, mas pela misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo, larga esse violão e vai treinar com a espada, com o rifle, até com o estilingue ou jogar a pá na cabeça dos esquilos, porque o Coisa Ruim do Bonnet tá chegando e tá doidinho pela sua mulher e seu filho!

OUT³: Continuo à espera do meu personagem animal preferido, Adso, meu amor… cadê você, meu gatinho?

OUT4: Que venham as experiências e a bendita penicilina, pois amo a minha cientista Claire Fraser! Aliás, eu seria voluntária como a sua assistente porque sangue, cortes e feridas abertas não me incomodam nem um pouco.

OUT5: Glória e mais glória por James Alexander Malcolm Mackenzie Fraser saltando daquele cavalo. A igreja glorifica de pé!

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Educadora que ama livros, séries e filmes. Sonho encontrar um portal e viajar no tempo por vários lugares e épocas. Sou uma apaixonada por Outlander, Claire e Jamie Fraser.

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