Daily Line:Terceiro Domingo do Advento
POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana
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Este é o Terceiro Domingo do Advento, chamado de “Domingo Gaudete” ou “Domingo da Alegria”. Nós o chamamos assim porque é neste domingo que fazemos uma pausa na solenidade do Advento para acender uma vela rosa e tomar consciência de que a luz do Natal está chegando, uma faísca no meio da noite e uma lembrança de que o amor está vivo no mundo.
(Trecho de VÁ DIZER ÀS ABELHAS QUE PARTI, Copyright 2019 Diana Gabaldon)
Em algum momento, mais tarde, nós estávamos deitados abraçados, nus na noite fria, felizes por podermos nos aquecer um no corpo do outro. A lua estava descente a oeste e um brilho prateado destacava o brilho das estrelas. A lona desbotada sussurrava e murmurava sobre nossas cabeças, estávamos rodeados por aromas de pinheiro, carvalho e ciprestes; um vagalume perdido, distraído por uma corrente de ar passageira, pousou no travesseiro ao lada da minha cabeça e lá ficou por um momento, com o abdômen pulsando regularmente com uma luz verde e fria.
“Boa noite, amigo, ” disse Jamie em gaélico. O vagalume balançou a antena de maneira amigável e voou em círculos em direção ao tremor distante dos seus companheiros no chão.
“Eu gostaria de poder manter nosso quarto exatamente assim, ” eu disse melancolicamente enquanto observava a luz da sua cauda desaparecer na escuridão. “É fascinante poder fazer parte da noite. ”
“Não muito quando chove. ” Jamie ergueu o queixo em direção ao teto de lona. “Não se preocupe, eu terei instalado um telhado sólido antes da neve começar a cair. ”
“Eu acho que você está certo, ” eu disse rindo. “Você se lembra da nossa primeira cabana, quando começou a chover e apareceram alguns vazamentos no telhado? Você insistiu em ir lá consertar, no meio da chuva, nu. ”
“Bem, e de quem foi a culpa? ” Ele perguntou, sem rancor. “Você não me deixou subir com minha camisa, que escolha eu tinha? ”
“No seu caso, nenhuma. ” Eu me virei e o beijei. “Sua boca tem gosto de torta de maçãs. Ainda tem? ”
“Não. Eu vou lá embaixo pegar alguma coisa para você comer. ”
Eu o interrompi colocando a mão no seu braço.
“Não, não vá. Eu não estou realmente com fome e prefiro ficar apenas assim. Mm? Mmm.”
Ele virou-se na minha direção, deslizou para baixo dos lençóis e apareceu entre as minhas coxas.
“O que você está fazendo? ” Eu quis saber enquanto ele se ajeitava confortavelmente naquela posição.
“Eu achei que era obvio, Sassenach.”
“Mas você estava comendo torta de maçã! ”
“Não foi suficiente. ”
“Não foi… não foi isso o que eu quis dizer. ” Seus polegares acariciavam a parte superior das minhas coxas e sua respiração quente fazia arrepiar os pelos do meu corpo de forma perturbadora.
“Se está preocupada com migalhas, Sassenach, não há necessidade, eu vou limpar tudo quando tiver terminado. Você disse que são os babuínos que fazem isso? Ou as pulgas? ”
“Eu não tenho… pulgas, ” foi tudo o que consegui dizer para lhe dar uma resposta espirituosa, mas ele riu, relaxou os ombros e começou a trabalhar.
“Eu gosto quando você grita, Sassenach,” ele murmurou algum tempo depois, fazendo uma pausa para respirar.
“Tem crianças lá embaixo! ” Eu sibilei enterrando os dedos nos cabelos dele.
“Bom, então tente imitar um puma…”
E pela ajuda para estabelecer o clima certo para este dia, obrigada Michael McGlynn e Anuna!
Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 15/12/2019
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