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Daily Line: Feliz Dia de Ação de Graças

POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana

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(Trecho de VÁ DIZER ÀS ABELHAS QUE PARTI, Copyright 2020 Diana Gabaldon)

– Eu não vou contar a ela sobre (   ) – disse ele. Eu estava cheirando com atenção o ensopado que fizera para o jantar, mas desisti para olhar de soslaio para ele.

– Por que diabos não?

– Porque se eu dissesse, ela iria por achar que é o que eu quero, mesmo se de outra forma ela não fosse.

Provavelmente era verdade, embora eu pessoalmente não visse nada errado em pedir para ela fazer algo que Jamie queria que fosse feito. Ele claramente via, então eu balancei a cabeça concordando e estendi a colher para ele.

– Prove um pouco, e diga se acha que é adequado para o consumo humano.

– O que tem aí?

– Eu esperava que você pudesse me dizer. Acho que pode ser carne de veado, mas Mrs. MacDonald não sabia dizer; o marido dela voltou para casa de uma viagem às aldeias Cherokee com essa carne e não havia nenhuma pele sobre ela, e ele disse que estava bêbado demais quando a ganhou em um jogo de dados para perguntar.

Com as sobrancelhas erguidas o máximo que pôde, ele fungou cautelosamente, soprou a colher com ensopado quente e lambeu um pouquinho, fechando os olhos como faz um degustador francês julgando as virtudes de um bom Rhône.

– Hmm – disse ele. Jamie lambeu mais um pouco, o que foi encorajador, e finalmente deu uma boa abocanhada e mastigou lentamente, os olhos ainda fechados em concentração.

Finalmente ele engoliu e, abrindo os olhos, disse:

– Falta pimenta. E talvez vinagre?

– Para melhorar o gosto ou para desinfecção? – perguntei. Eu olhei para o louceiro me perguntando se teria restos suficientes para um jantar substituto.

– Prove você – disse ele, passando por mim para mergulhar a colher novamente. – É bem forte. Acho que é uapiti, e carne de um veado muito velho, dura. Não é a Mrs. MacDonald que acha que você é uma bruxa?

– Bem, se ela acha, guardou sua opinião para si mesma quando me trouxe o filho mais novo ontem, com uma perna quebrada. O filho mais velho trouxe a carne esta manhã. Era um pedaço grande de carne, independente da origem. Coloquei o resto no fumeiro, mas cheirava estranho.

– O que cheirava estranho? – a porta dos fundos se abriu e Brianna entrou, carregando uma pequena abóbora; Roger vinha atrás dela com uma cesta de couves colhidas no jardim.

Eu levantei a sobrancelha para a abóbora: pequena demais para uma torta e muito verde, e ela deu de ombros.

– Um rato ou algo parecido a estava roendo quando entramos no jardim. – Ela a virou para mostrar as marcas de dentes. – Eu sabia que iria estragar imediatamente se a deixássemos lá, se o rato não voltasse e acabasse com ela, então a trouxemos.

– Bem, eu já ouvi falar de abóbora verde frita – disse eu, aceitando o presente em dúvida. – Esta já é uma refeição bastante experimental, de qualquer forma.

Brianna olhou para o fogo e deu uma fungada profunda e cautelosa.

– Cheira…algo comestível – disse ela.

– Sim, foi o que eu disse – acrescentou Jamie, descartando a possibilidade de envenenamento em massa por ptomaína com uma das mãos. – Sente-se, lass. Lord John enviou uma breve carta.

– Lord John? – uma sobrancelha vermelha se arqueou e seu rosto se iluminou. – Minha pessoa favorita. O que ele quer?

Jamie olhou para ela. Ele enfiou a carta no bolso; obviamente não a deixaria ler o conteúdo.

– Por que acha que ele quer alguma coisa? – perguntou ele, cauteloso, mas curioso.

Brianna puxou a saia para o lado e se sentou, a abóbora ainda em uma das mãos, e estendeu a mão para Jamie com a palma para cima.

– Me empreste a sua faca por um minuto, pai. Quanto a Lord John, ele não é de bater papo. Não sei o que ele quer, mas já li o suficiente de suas cartas para saber que ele não se incomodaria em escrever a menos que tivesse um propósito.

Eu bufei e troquei um olhar com Jamie. Isso era verdade. Normalmente, seu propósito ocasional era apenas avisar Jamie que ele estava arriscando sua cabeça, seu pescoço ou suas bolas em qualquer aventura precipitada em que acreditasse que Jamie pudesse estar envolvido, mas definitivamente era um propósito.

Bree pegou a faca e começou a fatiar a pequena abóbora, derramando pedaços brilhantes de sementes verdes emaranhadas sobre a mesa.

– Então? – disse ela, os olhos no trabalho.

– Então – disse Jamie, e respirou fundo.

(seção final)

A abóbora verde era realmente comestível, embora eu não pudesse dizer mais do que isso.

– Precisa de ketchup – foi o comentário de Jemmy.

– Sim – concordou seu avô, mastigando cautelosamente. – ketchup de nozes, talvez? Ou cogumelos.

– Ketchup de nozes? Jemmy e Amanda explodiram em risadas, mas Jamie apenas olhou para eles de forma tolerante.

– Sim, seus pequenos ignorantes – disse ele. Ketchup é qualquer condimento que você coloca na sua carne, não apenas aquele purê de tomate que sua mãe faz para vocês.

– Qual é o gosto do ketchup de nozes? – perguntou Jem.

– Nozes – disse Jamie, inutilmente. – Com vinagre e anchovas e algumas outras coisas. Chega dessa conversa. Eu quero falar com a sua mãe.

(Muito obrigada, Sylvia Cornette, pela espetacular foto de abelhar!)

Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 25/11/2020

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