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Daily Line: Todo dia é um novo dia

POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana

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Estava quente e aconchegante embaixo da pilha de acolchoados e peles, ainda mais quente e mais aconchegante em contraste com o toque gélido da manhã na minha face. Eu inspirei profundamente o ar fresco, na esperança de que não tivesse cheiro de neve. Nós tínhamos tido sorte, muita sorte, até então; havia chovido apenas duas vezes desde que tínhamos deixado nossa casa, e já estávamos quase completamente fora das montanhas.

Se o tempo continuar bom, se nada danificar a carroça, se nenhuma das mulas quebrar um casco ou tiver cólica, se os dois cavalos conseguirem controlar sua ânsia de morder um ao outro (e nós também) e, se nenhuma pessoa de natureza pouco amistosa se interessar por nós, poderemos chegar ao topo de Piedmont antes do anoitecer.

Eu não senti cheiro de neve. Senti cheiro de fumaça, com um toque sedutor de café recém passado. Eu sorri sem abrir os olhos. Jamie já estava de pé, é claro que estava; ele sempre se levantava meia hora antes do nascer do sol, a menos que estivesse doente ou machucado e, ainda que não conseguisse sentir o cheiro do amanhecer, eu podia perceber seu brilho fraco através das minhas pálpebras fechadas. Fanny mexeu-se ao meu lado, aconchegou-se e encostou a cabeça no meu braço. Do outro lado, Germain estava deitado de costas e roncava como um pequeno serrote.

Com ou sem café, eu não desejava me levantar, mas sabia que precisava. Além da fome e da necessidade de urinar, eu podia sentir a urgência de Jamie. Nós tínhamos que chegar o mais longe possível antes do cair da noite; o tempo tornava-se mais ameaçador a cada dia e, mesmo se conseguíssemos passar pelas montanhas antes da neve chegar, caminhar em Piedmont com lama até os joelhos não era minha ideia de diversão.

“Acorde, Sassenach,” disse uma voz bem baixinho em escocês e, um minuto depois, grandes mãos geladas deslizaram por debaixo das cobertas e agarraram meus pés fortemente. Eu gritei, e também as duas crianças gritaram, correndo para fora das cobertas como um bando de codornas.

“O quê, o quê, o quê…” Fanny estava agachada na parte de trás do abrigo de lona, com os olhos abertos como um sagui e o cabelo todo emaranhado.

“(Impropério em francês),” Germain resmungou em voz baixa. “O que é isso? O fim do mundo?”

“Não, já é de manhã,” disse Jamie pacientemente. Ele estava de cócoras na entrada do nosso abrigo, com a camisa de caça completamente folgada, calça xadrez, e com os aromas de fumaça e café passando sedutoramente por ele.

“É a mesma coisa,” resmungou Germain, rastejando de volta para debaixo das cobertas.

“Levante-se, seu preguiçoso.” Jamie puxou-o pelo tornozelo. “Observe a formiga e torne-se um sábio, está bem?”

“Formigas?” Fanny sentou-se e começou a pentear os cabelos com os dedos. “As formigas são sábias?” Ela parecia desnorteada, mas não desconcertada. Na verdade, ao contrário de Germain e de mim mesma, ela normalmente acordava em plena posse das suas faculdades.

“É uma passagem da Bíblia, Frances,” disse Jamie abandonando Germain que agora se encontrava no meio da tenda, embora ainda deitado. Ele sorriu para ela, corado e alegre na luz da manhã. “Eu vou comprar uma para você, em Wilmington.”

Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 08/11/2016

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