4ª Temporada,  Escócia,  Livros,  Outlander,  Série

Um pedaço da Escócia no Novo Mundo: Escravidão e os Quaker

Nesse espaço “Um pedaço da Escócia no Novo Mundo”, o episódio 4×02 tornou-se ainda mais intrigante. Aqui gostaria de trazer esses “arquivos da cultura escocesa” de uma forma mais alegre, porém o que o episódio “Do No Harm” nos apresenta é muito mais que isso.

Como belissimamente Ivna já contou por aqui, o choque e desgosto com a utilização de mão de obra escrava na fazenda é muito mais que uma opinião de Claire e, mesmo Jaime sendo do seculo XVIII, também aparenta não aceitar muito bem a ideia.

Embora a narrativa tenha sofrido mudanças em sua adaptação (livro x série), todo o ocorrido em Do No Harm envolvendo escravos, agricultura e a fazenda em si, ressalta muito da personalidade Mackezie de Jocasta, que nos leva a conhecer, inclusive, um outro personagem tão comentado da temporada: Roger.

O fato é que a escravidão foi e é real (dentro e fora do contexto Outlander) e não apenas na América. Inclusive, um grupo de pesquisadores da Universidade de Glasgow achou recentemente um grupo de anúncios sobre “escravos fugidos” na europa como parte de um projeto que busca reconstituir a vida dos escravos na Era do Império Britânico, onde teve sua abolição da escravatura em 1833.

Pouco se encontra em registros diretamente relacionado à escravidão na Escócia. O que entendemos, diante da história e das pessoas do convívio de Jamie (com exceção talvez dos Frasers de Lovat), é que não haviam pessoas com condições financeiras suficiente para tais posses, tornando isso comum ao conhecimento deles. Mas aí você pode pensar, como Jamie conhecia dessas práticas? Lembrem-se de que ele é um homem estudado, e viveu muito tempo na França, e bem colocado junto ao primo Jared Fraser. E Claire, “tentando suas manobras de disfarces”, cita os Quaker (guardem bem esse nome).

Quaker

Quaker é um movimento religioso que defende a restauração da fé cristã original, também chamados de “Santos”, “Filhos da Luz” e “Amigos da Verdade” ou “Sociedade dos Amigos”. Foi criado em 1652 por George Fox. A Sociedade dos Amigos, apesar de rejeitarem um credo formal, acreditavam e defendiam que todo indivíduo é capaz de sentir Deus diretamente, sem intermediário algum. Todos têm uma Luz Interior: o Espírito Santo, que guia o indivíduo quando este se converte e aceita essa voz. Os quakers adotavam modos de vidas simples: sem valorizar roupas caras, distinção de classe social, títulos honoríficos ou gastos desnecessários, além de que se recusam a usar armas e violência, mesmo em defesa alheia, pois neles existe um forte senso de igualitarismo, evitando discriminação baseada em classe e influência social; dentre outras coisas.

Com isso, aprendemos mais um pouco da nossa própria história como humanidade dentro desse mundo tão incrível chamado Outlander.

Até mais!

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