4ª Temporada,  Escócia,  Livros,  Outlander,  Série

Um pedaço da Escócia no Novo Mundo: Caithris

A quarta temporada acabou nos deixando órfãs por aquilo que parecem ser longos 365 dias aproximadamente, tempo esse que passaríamos sem ter aquele frisson semanal. Embora as gravações estejam quase ao alcance de nossa visão, não é a mesma coisa que aguardar o próximo episódio no domingo seguinte. Contudo, enquanto a quinta temporada não chega, separei alguns detalhes da nossa amada cultura escocesa que foi apresentada ao Novo Mundo e vim compartilhar com vocês.

Logo no primeiro episódio, de nome “America the beautiful”, encontramos uma situação “não tão inusitada assim”, já que falamos de Outlander.  Gavin Haeys, após matar um homem mesmo que sem intenção, é condenado à forca. Jamie e seu estranho senso de justiça tenta, de alguma, forma libertar o amigo, mas ao contar-lhes seu plano, Haeys pede para que ele o deixe que cumpra sua sentença, além de mais dois pedidos: uísque e que na hora de sua morte sua última visão seja do sorriso de um amigo (que dureza em Jamie!). Logo após a confusão e a forca, todos se unem para organizar um enterro digno e dedicar-lhe, pelo menos, uma última canção.

Lendo Outlander percebemos que os velórios tradicionais escoceses daquela época eram grandes acontecimentos. Pessoas eram destinadas apenas com a função de clamar ao luto pelo falecido, além das caithris, que também eram comumente dedicadas a esse momento.  Lesley canta um caithris para o pobre Gavin Hayes em uma taverna e acaba por contagiar todos à sua volta. Mas, o que é caithris? Se você só jogar no Google tradutor, ele te dá a tradução para “assistir”. Porém, caithris é uma palavra em gaélico-escocês dada a uma canção de lamento pelos mortos.

Outra detalhe envolvendo os velórios antigos tradicionais escoceses eram os “montículos de pedras”, como podemos ver no episódio onde Claire, Jamie e Ian vão na busca por Roger e encontram o prisioneiro que acompanhava ele, morto. Ian faz um empilhado de pedras sobre o local onde eles enterraram o falecido.

Antigamente as pessoas acreditavam que as almas assombravam os túmulos após a morte. As comunidades judaicas, por exemplo, colocavam grandes pedras para bloquear túmulos e impedir que as almas dos mortos procurassem os vivos. As rochas pequenas também serviam para manter a alma no túmulo. Assim como era também uma forma de última homenagem.

Sobre isso, inclusive, veremos muito mais citações ao longo dos livros. Aproveito e deixo um quote solto do livro 6: “Ela e seu filho não haviam sido sepultados com um marco de pedras — seu pai não quisera tal costume pagão — mas as pessoas vinham e deixavam pequenas pedras lá como lembrança. Elas me davam um certo conforto; havia outras pessoas que se lembravam dela.”

e livro 7 “— Não. — Ele pareceu surpreso e olhou para onde ela estava olhando, na direção de um amontoado de pedras. Obviamente, ele não havia associado sua presença ao seu avô.

— Ele disse que gostaria de ser enterrado aqui e que, se eu viesse aqui, deveria deixar uma pedra para ele. Foi o que fiz. — Seu leve sotaque a fez ouvir a voz de seu pai outra vez, distintamente, mas desta vez sorriu.”

Enfim, há muito da Escócia nesse Novo Mundo e esses detalhes, que deixam o pedacinho do nosso casal na América bem escocês, são lindos de ver e acompanhar, toda a forma como eles vão moldando isso àquela nova vida. Era óbvio que nosso Jamie, sendo um escocês “raiz” das highlander, iria perpetuar isso, seja onde eles fossem. E ainda há muito mais vindo por aí!

Até a próxima!

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