Outlander: 4×11 – If Not For Hope
“Eu ouvi vocês dois. Ela é como você. Ela diz coisas com raiva e que ela não quer dizer. Você não quis dizer as coisas que você disse a ela, não é? Nem ela. Confie em mim. Eu amo tanto vocês dois … ” – Claire Fraser
O Episódio da semana passada de Outlander foi um turbilhão de emoções para os Frasers quando Brianna descobriu através da “ boca aberta” e “ sem noção” Lizzie sobre o que havia acontecido com Roger . No episódio desta semana Jamie, Claire e Ian partem em busca de Roger Azarado Mackenzie, enquanto Brianna se adapta à rotina de River Run e com as maquinações de sua tia Jocasta.
Vamos falar de um sentimento comum neste episódio em meio a tantos sentimentos conflitantes? A esperança. Ter esperança é possuir a expectativa de que algo vai acontecer. A esperança está ligada à fé, porque a pessoa com esperança acredita em algo que ainda não vê, que está no futuro. A esperança é uma força muito poderosa. Ela traz alegria, afinal, você acredita que o melhor irá acontecer. É preciso ter paciência porque talvez leve muito tempo, para que o que você deseja se cumpra. A esperança também traz um ânimo extra, pois apesar de todas dificuldades, no fim você sairá vitorioso.
Quem disse que seria fácil encontrar Roger? Aliás, nada é fácil para Jamie e Claire. Mas o que poderia Jamie, Claire e o Jovem Ian fazer? Desistir? Jamais, eles possuem esperança, teimosia e uma carga enorme de culpa com eles. A busca é difícil, mas difícil mesmo foi ver o distanciamento entre Jamie e Claire. E o Jovem Ian expressou muito bem o meu sentimento ao vê-los tão distantes: “odeio ver vocês dois sofrendo assim.”
Claire e Jamie também sentem isso depois de um tempo, essa sensação esmagadora de vazio no peito de que não podem mais continuar assim. E eles discutem não apenas os seus sentimentos e dúvidas, como também o que a distância causou não apenas pelas ações de Jamie, mas principalmente pela culpa que cada um carrega. Jamie se culpa pelo o que fez, pelo o que falou, teme que nunca será amado como Brianna amou Frank e pior, teme que Claire sinta falta de Frank também. Claire por outro lado, teme por Brianna sem ela nesse momento e sofre por tudo o que aconteceu a ela. Também sofre por Roger e se culpa por não ter falado a Jamie sobre o segredo de Brianna.
Só que se culparem não vai ajudar em nada. Eles têm que passar por essa culpa e encontrarem Roger se agarrando à esperança. Porque Brianna vai precisar muito deles no futuro. Mesmo que não encontrem Roger, ou que ele não queira retornar, Brianna vai precisar dos seus pais, mesmo que ela e Jamie tenham trocado ofensas; como Claire bem lembrou, eles são iguais. Dois teimosos cabeças duras, mas que com certeza vão se entender. Jamie e Claire depois de uma conversa franca sobre sentimentos, culpa e perdão se amam. Gostei muito do momento conversa de Jamie e Claire – e aqui leia-se a bela interpretação de Sam Heughan e Caitriona Balfe -, mas sinceramente está bem desanimador ver como deixam os momentos de Jamie e Claire corridos. Entendam, não falo de cenas de nudez e sinceramente até prefiro que Outlander não seja conhecida só por isso. Do que sinto falta é dos momentos de Jamie e Claire. As conversas, a intimidade, a cumplicidade. Entendo que há personagens novos, que o casal Brianna e Roger tenham que ser vendidos, mas Jamie e Claire são a alma de Outlander. E diferente da série, no livro eles estão mais unidos e apaixonados do que nunca. Não sei se estou muito crítica, mas há momentos desnecessários com paisagens e personagens nem tão importantes, mas pouco de momentos do casal. Sinto falta deles juntos conversando, trabalhando, falando sobre Bree, sobre os 20 anos separados, sobre o futuro e se amando.
Brianna logo percebe que o objetivo de Jocasta é arrumar um marido para ela e que também traga benefícios. Brianna tem esperança de que seus pais encontrem Roger e o tragam de volta. Mas depois de uma conversa com sua tia sobre como seria criar um bastardo, ela chega ao ponto de perder suas esperanças e aceita se casar com um dos pretendentes escolhidos pela sua tia. Ela conhece um velho conhecido de seus pais, Lorde John Grey, que confessa que está ali porque o seu pai pediu que ele olhasse por ela. Depois de descobrir que sua tia aceitou a proposta do advogado Forbes para ser o marido dela, Brianna chantageia John ao descobrir que ele é homossexual, exigindo que ele se case com ela. Ela descobre que John além de amigo do seu pai, também é apaixonado por ele, mas sabe que jamais terá o seu sentimento retribuído por reconhecer o amor que Jamie e Claire sentem um pelo outro; além é claro de Jamie ser heterossexual. Enfim, depois de quase Brianna aceitar o pedido de casamento de Forbes, John aparece para salvar o dia e Brianna respirou aliviada enquanto pode esperar por Roger. Vamos lá então, Brianna consegue perdoar Lizzie – a grande responsável por toda essa confusão -, mas não consegue perdoar Jamie e é tão louca que é capaz de chantagear John? Foi interessante ver a dinâmica entre John e Brianna. Foi bom para Brianna Cabeça Dura ver que ele é um homem honrado que admira outro homem honrado e que ele lembra não apenas do seu pai, mas também de sua mãe.
Este foi um episódio lento onde várias coisas aconteceram, mas nem por isso foi emocionante, e, confesso que talvez não seja um dos que eu reveja quando a temporada chegar ao fim. Ele serviu como uma boa introdução ao que vem por aí. Roger Azarado Mackenzie não voltou para o futuro, o pobre enfim chegou à tribo dos moicanos e teve uma recepção muito animada e massacrante. Murtagh fez o que Jamie pediu e encontrou Stephen Bonnet, mas Mumu Desastrado de Ser acabou sendo preso e pode acabar na forca. Foi ótimo rever Fergus, Marsali e o pequeno Germain. Esse é um casal que eu gosto de ver e Marsali é uma grande mulher que ama o seu marido; e só o quer se for por inteiro. Só nos restam mais dois episódios para Roger ser resgatado, para que Jamie e Claire voltem a tempo de estarem ao lado da filha no momento do parto; e infelizmente para despedidas tristes.
Como a esperança foi a temática deste episódio, eu tenho a minha pessoal, que Brianna abra logo aquela carta e também o seu coração duro, perdoe e ame Jamie como seu pai. Que os escritores leiam os livros e percebam que Outlander pode ter vários personagens e tramas, mas que Jamie, Claire e o amor atemporal deles são a alma e a magia dessa história, sem isso Outlander é só mais uma história como tantas outras.
OUT¹: Ah, Ian como não amá-lo? Até conselheiro amoroso o bichinho é.
OUT²: Brianna nasceu há mais de vinte anos, mas agora tanto Jamie como Claire tiveram que enfrentar como é ter uma filha e tudo o que isso envolve a vida deles. A verdade é que não existem pais ou mães perfeitos, somos humanos e falhos. Jamie pode aprender com os erros e ser melhor, assim como Brianna também. E Frank nunca foi santo. Uma pessoa correta que amou Claire e Brianna, mas jamais um santo.
Curta nossa página no Facebook, conheça nosso grupo, Apaixonados Por Outlander, nos siga no Twitter e Instagram. Inscreva-se no nosso canal do Youtube.