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Daily Line: William, Bree e John Cinnamon

POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana

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Ela sentou-se discretamente nas sombras. Sua cabeça estava curvada, o barulho suave do lápis perdido entre os ruídos produzidos por gargantas sendo limpas e pelo farfalhar das roupas. Mas ela os observava, individualmente, em duplas e em trios, enquanto se abaixavam na entrada da barraca e vinham para o lado do general. Então, cada um dos soldados olhava para o rosto dele, que estava calmo sob a luz da vela, e ela absorveu o que pôde daquilo que se passava nas suas próprias faces: sombras de dor e tristeza, algumas vezes olhos escurecidos pelo medo, ou vazios pelo choque e pelo cansaço.

Frequentemente, eles choravam.

William e John Cinnamon permaneciam perto dela, um de cada lado, respeitosa e silenciosamente. O general havia ordenado que lhe oferecessem alguns bancos, mas eles tinham recusado educadamente e ela descobriu que a presença deles era estranhamente reconfortante.

Os soldados chegavam com suas companhias, os uniformes (na maioria das vezes apenas insígnias de milícia) trocados. John Cinnamon mudava o peso de uma perna para a outra e, ocasionalmente, dava um suspiro profundo ou limpava a garganta. William, não.

O que ele estava fazendo? Ela tentava imaginar. Contando os soldados? Avaliando as condições das tropas americanas? Eles estavam em mau estado, sujos e despenteados e, apesar do comportamento respeitoso, poucas companhias pareciam ter alguma noção de ordem.

Pela primeira vez, tentou imaginar qual teria sido exatamente a motivação de William para acompanhá-la. Ela ficou tão feliz ao encontrá-lo que aceitou sua afirmação de que ele não permitiria que sua irmã fosse literalmente desacompanhada até um acampamento militar. Seria verdade, então? Pelo que o pequeno Lord John havia lhe contado, ela sabia que William havia renunciado à sua comissão no exército, mas isso não queria dizer que ele havia trocado de lado. Ou que não estava interessado no cerco norte-americano, ou que não pretendia transmitir a informação que obtivera durante a visita. Ele claramente ainda conhecia pessoas no Exército Britânico.

Aquele pensamento deixou sua pele arrepiada e ela queria virar-se e olhar para ele. Depois de um momento de hesitação ela fez exatamente isso. O rosto dele estava sério, mas ele estava olhando para ela.

“Tudo bem?” ele perguntou em um sussurro.

“Sim”, ela respondeu, confortada pela voz dele. “Eu só queria saber se você tinha adormecido em pé.”

“Ainda não.”

Ela sorriu e tentou dizer alguma coisa, desculpar-se por manter ele e seu amigo fora durante toda a noite. Ele a interrompeu com um pequeno movimento de dedos.

“Está tudo bem,” ele disse suavemente. “Faça o que tiver que fazer. Nós vamos ficar ao seu lado e levá-la para casa de manhã. Eu prometo que não vou deixá-la sozinha.”

Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 23/07/2017

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