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Fanfic – Histórias da Colina Fraser – Capítulo 03: Audiência Com Sua Majestade

Fanfic | Capítulo 2

resenhas
E se Faith não morresse? E se não houvesse tantos estupros? Sem 20 anos de separação como tudo seria? Sou uma apaixonada pelo universo Outlander, mas há trechos e acontecimentos que eu nunca me conformei, então usando da minha liberdade poética escrevi da forma como eu gostaria que tivesse acontecido. Porque amo Claire, Jamie e esse amor atemporal deles. Permita-se porque é só imaginação!

– Estava me recuperando lentamente. Os meus dias consistiam em segurar e amamentar Faith, depois comer, sentir o seu calor em meus braços até que ela dormisse e então eu também dormia. E depois eu era despertada novamente por ela. Faith era uma lutadora e sugava com força o meu leite. Dar o peito para a minha filha era o momento mais feliz dos meus dias. Eu conversava com ela e sorria ao constatar que a cor dos seus olhos eram da mesma cor que os meus. E quando tocava os fios vermelhos e sedosos dos seus cabelos, pensava em como eram iguais aos seus, Jamie.

– Depois da fantástica visita de mestre Raymond, eu perguntava a madre Hildegarde e a irmã Andressa todos os dias por você, Jamie. Se havia me procurado ou se sabiam de alguma notícia sobre você. Mas elas respondiam sempre a mesma coisa: “Não madame, não sabemos nada de Monsenhor Fraser“.

– Eu precisava tanto de você Jamie… mas eu também sentia raiva por você ter quebrado a sua promessa. E me perguntava por que ainda você não tinha me procurado ou a nossa filha. Talvez você tivesse fugido depois de ter matado Jack Randall e não quisesse me enfrentar por ter quebrado a sua promessa, ou talvez tivesse ido ao encontro de Murtagh. Eu sofria muito com o nosso afastamento, mas decidi que a prioridade da minha vida naquele momento seria Faith e eu precisava ficar bem para cuidar da nossa filha. Por isso deixei de perguntar por você, mas o meu coração saltava em meu peito cada vez que ouvia passos perto de onde eu estava.

Me perdi no tempo e na rotina de amamentar, trocar e cuidar de Faith, junto a minha de comer e dormir. Passaram-se dias, simplesmente parei de contar e tentei deixar de lado aquela manhã úmida e cinza de maio em Bois de Boulogne. Uma manhã fui desperta pelo barulho de vozes perto da minha cama no hospital. Demorei algum tempo até perceber que uma delas era da minha amiga Louise de La Tour. Ela conversava animadamente com madre Hildegarde, enquanto seus empregados arrumavam meus poucos pertences, seguravam Faith e se preparavam para me carregar mesmo sob os meus protestos.

Claire, minha amiga querida. Você já sofreu demais aqui. Vou levá-las para a minha casa de campo em Fontainebleau. Lá as duas vão ficar boas rapidamente, ma chère.

Eu tentei argumentar que precisava ficar em Paris caso você me procurasse, mas fui impedida por madre Hildegarde que colocando um dedo em meus lábios, fez uma pequena oração e deu um rápido beijo em minha testa para falar logo em seguida:

– Vá minha querida, será bom para você e a criança. Sair do hospital e ficar no campo fará com que vocês duas fiquem fortes. Que a Virgem Maria acompanhe e as proteja. – disse madre Hildegarde se despedindo com um sinal da cruz.

– E assim saímos de Paris para a casa de campo de Louise, onde fomos aconchegadas e mimadas. Enquanto, a minha recuperação era lenta, Faith ganhava peso e se desenvolvia a olhos vistos. Eu passava o máximo de tempo acordada e insistia em fazer tudo para o bem estar de nossa filha. Era a forma que eu encontrei de me cansar e dormir sem sonhar com você, Frank, o odioso Jack Black e aquele maldito duelo.

– Mas mesmo esgotada com as muitas mamadas e cuidados com Faith, eu jamais deixei de pensar em você, Jamie. Você não mandava notícias e o pior, ninguém sabia nada sobre você. Eu estava muito feliz por ter Faith ao meu lado, porém eu definhava de tristeza com a sua ausência.

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Fergus veio junto para Fontainebleau, nem parecia mais aquele menino esperto e cheio de vida, na verdade ele parecia em pior estado do que eu. No começo devido a minha fraqueza e aos cuidados com Faith não prestei muita atenção nele e muito menos em seu comportamento, imaginei que o seu silêncio fosse devido também a sua ausência, Jamie. Ele estava muito magro e quando percebia meu olhar nele ficava vermelho; e logo tratava de sumir. Minhas forças físicas se recuperavam gradativamente, mesmo que as psicológicas estivessem longe do equilíbrio e um dia eu consegui falar com Fergus e descobri finalmente o que aconteceu naquele dia no bordel.

– Oh, Jamie foi tão difícil escutar daquela pobre criança tudo o que aconteceu com ele. Ele disse que havia acompanhado você até o bordel e enquanto você resolvia os problemas financeiros do seu contramestre com madame Elise, Fergus irrequieto como sempre entrou em um quarto e começou a mexer nas quinquilharias que estavam sobre um pequeno móvel. Foi quando um oficial inglês entrou e vendo Fergus tentou violá-lo. Fergus lutou para escapar e o oficial bateu nele, falou que agora ele seria de sua propriedade e não satisfeito com tanta violência, marcou a sua pele com o anel dele aquecido em brasas e foi nesse momento que Fergus gritou e isso chamou a sua atenção. Então você invadiu o quarto, livrou Fergus da violência e do estupro; e o desafiou para um duelo. Esse oficial inglês era Black Jack Randall.

– Maldito Jack Randall – falou Jamie com raiva dando um soco no pequeno banco ao lado de nossa cama, derrubando o copo com água e provocando um sobressalto em mim. Ele percebeu o meu susto e na mesma hora me abraçou dando um beijo em minha cabeça.

Eu passei a minha mão em seu braço dando pequenos tapinhas e continuei, porque não conseguia mais parar de falar.

– E foi por isso que você quebrou a sua promessa Jamie. Fiquei desesperada em saber que Fergus passou tanto tempo guardando tanto horror, uma criança e que já havia sofrido tanto. Eu mesma não sabia direito o que falar ou fazer com Fergus, como poderia aliviá-lo de tanta dor. Olhei para ele e simplesmente o abracei com força e chorei com ele, para depois falar várias e várias vezes que tudo ficaria bem, que nós ficaríamos juntos e levei ele para a casa para que tomasse um banho quente, recebesse uma boa refeição e depois dormisse. E rezei enquanto alisava os seus cabelos pretos para que ele não tivesse mais pesadelos.

– Quando cheguei à sala principal, a governanta de Louise veio ao me encontro para falar que eu tinha uma visita. Imaginei que era você e que finalmente tudo ficaria bem, mas qual não foi a minha surpresa quando vi que era Magnus, o mordomo de Jared na casa em que vivíamos em Paris. Ele trazia um bilhete de Murtagh para você e como você estava “ausente”, então ele veio ao meu encontro.

– Estranhei que você estivesse ausente e perguntei onde diabos você estava. E Louise enfim, contou que você havia sido preso pela guarda do rei e estava na Bastilha. Desde que eu havia chegado sagrando ao hospital nunca deixei de chamar por você, perguntei para madre Hildegarde, para as irmãs e para Louise e ninguém havia me contado a verdade. Por quê? Pelas minhas contas você estava preso em uma cela há exatos três meses. Louise disse que tanto ela como madre Hildegarde queriam me poupar, porque eu e Faith quase morremos e ainda estávamos muito fracas. Eu senti uma tonteira, minhas pernas falharam, mas ouvi Faith chorar, não percebi que meus seios doíam e já vazavam manchando meu vestido com leite. Fui ao encontro de Faith para amamentá-la, peguei em sua pequena mãozinha e com uma determinação que nesses meses parecia ter sumido, falei:

Faith, meu tesouro, vamos para Paris tirar o papai da prisão!

– Mais tarde escrevi uma carta para madre Hildegarde e incubi Magnus que a entregasse em mãos. Nela eu solicitava a minha amiga madre que pedisse a herr Gerstmann que providenciasse uma audiência particular com Sua Majestade. E no outro dia mesmo depois de muitos protestos e falsos desmaios de Louise, nossa comitiva formada por uma recém parida, uma bebê prematura de três meses, um garoto franzino e uma freira partiu para Paris. Eu, Faith, Fergus e a irmã Andressa éramos um grupo incomum, mas estávamos determinados e tínhamos um único objetivo: libertá-lo, James Fraser!

Fanfic | Capítulo 4

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Educadora que ama livros, séries e filmes. Sonho encontrar um portal e viajar no tempo por vários lugares e épocas. Sou uma apaixonada por Outlander, Claire e Jamie Fraser.

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