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Daily Line: Economia Doméstica

POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana

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O dia estava nublado, com um vento forte, e Brianna envolveu os ombros com o xale da mãe assim que se aproximou da sombra das árvores que escondiam o defumador. A família MacKenzie havia chegado com pouco mais do que as roupas do corpo e, enquanto ela se assegurava de que todos tinham uma manta bem quente, eles estavam quase nus por baixo da capa, era dia de lavar a roupa.

Sentindo-se feliz depois da reunião com seus pais, não havia como ignorar o fato de que quatro bocas  a mais para alimentar e quatro corpos a mais para vestir tornaria ainda mais estressante uma economia doméstica já complicada. Seus pais haviam retornado à Colina apenas algumas semanas antes dos MacKenzies; eles nem sequer tinham um teto sobre suas cabeças. E quanto a comida…

Ela abriu a porta e respirou fundo: o calor que vinha do galpão a envolveu, assim como o cheiro forte dos cortes de carne curada com um toque de sangue e vinagre. Algo estava sendo preparado do outro lado do galpão: a coxa de um veado que sua mãe tinha mencionado, que seria servida na [ ]. Anéis de fumaça cinzenta se espalhavam e desapareciam ao redor dos seus tornozelos. Além da carne que era invisivelmente cozida, havia pouquíssimas coisas dentro do galpão: linguiças de corda, um varal com trutas secas e um único presunto pendurado em um gancho, o objetivo da sua jornada até o local, além de vários pequenos barris em um dos lados do galpão.

Ao inspecioná-los ela descobriu que no lugar de rótulos os barris continham algumas figuras na parte superior: um peixe brincalhão, um porco alegre e algumas codornas escorregando. Ela sorriu e tentou imaginar quem as tinha desenhado.

“Senhora?” Uma voz a assustou, ela virou a cabeça e viu Fanny, a jovem que seus pais haviam, de alguma forma, adotado na Geórgia. A menina parecia preocupada e Brianna sorriu para ela.

“Olá. Você não precisa me chamar de ‘senhora’, você sabe, meu nome é Brianna.”

“Sim, senh… quero dizer, está bem.” Fanny balançou a cabeça e corou levemente, mas devolveu um sorriso tímido para Brianna. “A senhora Fraser me mandou para lhe dizer que temos visita para o jantar e pediu para trazer uma dúzia dos peixes secos, e um pouco de creme do quarto fresco, e também um pouco de manteiga, e uma cebola do depósito também. Ela ergueu a cesta vazia que trazia nos braços. “Ela diz que quer fazer uma sopa.”

“Claro.” Ela colocou o presunto no topo do barril com codornas salgadas e pegou a cesta. “Quem são as visitas?”

“Dois homens. Um se chama [ ]; não ouvi o nome do outro. Eu diria que são homens impo-importantes, embora estejam viajando há algum tempo, pela sujeira nas suas roupas.”

“Sério? E você acha que o pa… meu pai, conhece esses homens?” Fanny corou novamente ao gaguejar enquanto pronunciava “importantes,” e Bree achou que ela se parecia com uma pequena flor embaixo da sua touca, a cor dando apenas um toque nas suas bochechas como uma sombra dentro de uma rosa.

“Eu não sei,” disse Fanny. “O senhor Frath-Fraser,” ela se corrigiu fazendo uma pequena careta, “não está em casa ainda.”

Bree acenou com a cabeça contando os peixes enquanto os soltava da linha amarrada nas vigas do teto. Ela não tinha visto o pai o dia todo; ele já tinha saído quando ela levou Jem e Mandy para casa. Tinha ido caçar, ela imaginou, sentindo-se um pouco culpada pela caça ao peru no dia anterior.

Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 20/08/2016

 

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