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Daily Line: “Bambolê”

POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana

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Era uma safira, uma safira bruta. Uma coisinha azul e nebulosa, metade do tamanho do seu dedo mindinho. Ele livrou-se do embrulho e ela caiu silenciosamente no côncavo da sua mão.

“Você disse que não importa se está cortada ou não,” disse Buck acenando com a cabeça.

“Eu acho que não. Eu espero que não. Gostaria de poder dizer que não posso aceitá-la.” Roger fechou os dedos gentilmente ao redor da pequena pedra, como se ela pudesse queimá-lo. “Obrigado, companheiro. Onde você a encontrou?”

“Eu a enc…” Buck disse vagamente, com um leve aceno de mão. “Apenas a vi e a apanhei, está bem?”

“Meu Deus,” disse Roger, apertando a pedrinha involuntariamente. Tarde demais, ele  lembrou do castelo em Strathpeffer, de quando conversava com o administrador sobre Jemmy e Rob Cameron, o conde longe de casa e Buck desaparecido atrás de uma bela doméstica. O administrador ofereceu-se para mostrar-lhe a coleção de ágatas e pedras raras de Cormartie… ele recusou, graças a deus. Mas…

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“Você não fez isso,” ele disse a Buck. “Diga que não fez.”

“Você sempre diz isso,” respondeu Buck franzindo a testa. “Eu direi se quiser que eu diga, mas não acho que um reverendo deva encorajar seus fiéis a mentir. Um mau exemplo para as crianças, não é?”

Ele acenou com a cabeça em direção ao estábulo onde Jem brincava com um menininho que tinha um arco e os dois tentavam direcioná-lo com uma vareta no chão esburacado, sem muito sucesso. Mandy jogava algumas pedrinhas em alguma coisa na grama seca, provavelmente algum sapo infeliz tentando hibernar apesar das dificuldades.

“Eu, um mau exemplo? E você que é o tata-tata-tata-tataravô?”

“E, então, eu não deveria zelar pelo bem deles? É isso o que está tentando me dizer?”

“Eu…” sua garganta se fechou de repente e ele a limpou com força. Os meninos tinham abandonado o arco e estavam cutucando o que quer que Mandy tinha encontrado na grama. “Não, não é isso. Mas também não pedi que roubasse por eles. Arriscando seu pescoço por nós!” Essa tarefa é minha, ele queria dizer, mas não disse.

“Podia muito bem ser enforcado por uma ovelha ou por um carneiro.” Buck olhou diretamente para ele. “Você precisa disso, não precisa? Então pegue.” Alguma coisa que não era bem um sorriso surgiu no canto da sua boca. “Com a minha benção.”

Do outro lado do quintal, Mandy pegou o arco e o colocou ao redor da cintura. Ela moveu os quadris em uma vã tentativa de fazê-lo girar.

“Veja, papai!” ela gritou. “Bambolê!”

Jem ficou parado por um momento e, então, lançou um olhar indagador para Roger. O menino sacudiu a cabeça ligeiramente sem dizer uma palavra, e Jem engoliu em seco e deu as costas para a irmã, mantendo os ombros tensos.

“Mas, o que é um bambolê?” Buck perguntou baixinho por trás dele.

Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 19/01/2016

 

 

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