Caitriona Balfe,  Claire Fraser,  Escócia,  Jamie Fraser,  Outlander,  Resenha,  Sam Heughan,  Série

Outlander – 1×05 – Rent

resenhas

“(…) Ausência, escuta o meu protesto. Contra a tua força. Distância e duração; para os corações constantes. Ausência é presença; o tempo espera. ” – John Donne

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Claire começa a sua jornada na companhia de Dougal em busca do recebimento de aluguéis de vários tipos e logo no início somos apresentados ao advogado de confiança dos irmãos Mackenzie, Ned Gowan. Ned torna-se uma opção de amizade em meio a tantos olhares de dúvida e desconfiança, também pelo desânimo que Claire enfrenta agora por querer fugir e não conseguir encontrar a oportunidade perfeita. Ela começa a conhecer um pouco mais sobre o novo amigo e questiona como um advogado acabou nas Highlands. Ned conta que sempre teve um temperamento inquieto e que um escritório com belas cortinas não o seduziram. Mesmo com a ideia fixa de fugir ao encontro das pedras, as conversas com o novo amigo deixaram a viagem mais suportável, porque a vida na estrada não é fácil, mas o que é pior para Claire é que seus companheiros de viagem só falam em gaélico e ela sente-se excluída.

Jamie sempre está lá para confortá-la e protegê-la, fala que ela não se preocupe, pois os homens não a odeiam, talvez só Angus. Eles simplesmente não podem confiar nela. Ele não acredita que ela seja uma espiã, mas acha que existam coisas que ela esconda deles. Ela também tentou fugir e isso ainda o incomoda. Claire observa enquanto Dougal e Ned recolhem os aluguéis que são sacos de cereais, moedas, cabras, porcos e outros bens. Como ela está entediada por não ter o que fazer começa a andar pelo lugar e é atraída pelo som de mulheres cantando enquanto trabalham no tingimento da lã usando urina quente para fixar o corante. Então, uma nova conhecida, a sra. Gilchrist convida Claire para ajudá-las.

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Depois do trabalho, Claire bebe com as outras mulheres e nota um bebê que chora muito porque o sr. Gilchrist teve que dar a sua única cabra como pagamento dos aluguéis e por isso não há leite. Claire pergunta sobre as pedras de Craig Na Dun e é convidada a colaborar com mais urina. Não há tempo para isso porque Angus chega e leva de forma bruta Claire para longe. Ele está irritado porque ela sumiu e diz que da próxima vez, ele vai amarrá-la na carroça. É claro que Claire fica irritada e sem pensar muito desamarra uma cabra e tenta levá-la de volta para os Gilchrists. Dougal lembra que a cabra é um aluguel recebido e vai ficar com eles. Nesse momento aparece um jovem, que na verdade é um oficial inglês, perguntando se está tudo bem com ela. Dougal informa que a senhora em questão é uma convidada do Clã Mackenzie, o jovem percebe o clima de animosidade entre Claire e os homens, mas como está em menor número vai embora.

Mais tarde naquela noite, Dougal faz um discurso em gaélico, então rasga a camisa de Jamie para expor as suas cicatrizes para todos. Nesse momento os homens começam a colocar moedas na bolsa de Ned que dá a bolsa para Dougal. Dougal fala que a visão das cicatrizes nas costas de Jamie é sempre dinheiro garantido, ele joga a camisa rasgada para que Claire a costure, ela diz para que ele mesmo a conserte. Dougal responde que Jamie pode vestir trapos de agora em diante, Claire cede, mas nesse momento Jamie pega a sua camisa e diz que ele é que vai costurá-la. Claire pergunta a Ned como acha que Colum vai se sentir ao saber que ele tem ajudado Dougal a usar Jamie para ganhar dinheiro para encher os bolsos. Ela tem tudo resolvido e claro em sua cabeça, são dois sacos de dinheiro, dois livros, ou seja, um para cada irmão. Ned acha que é uma pena que eles não permitam que mulheres exerçam a advocacia, porque com a mente e a língua dela seria uma ótima advogada. E Claire pensa com ironia que serão necessários só dois séculos para que isso aconteça. Dougal está olhando para ela e ela pergunta o quanto será que ele ouviu? Ela pode sentir a confiança de Dougal recém conquistada sumindo durante a viagem.

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Mais à frente eles veem uma casa de simpatizantes dos ingleses sendo queimada como um aviso. Claire não concorda com esse comportamento e muito menos quando Dougal pega galinhas como pagamento do aluguel, para ela eles usam a política como uma boa desculpa para o comportamento criminoso. Durante o jantar Claire não está com fome; ela diz que não tem estômago para comer alimentos roubados e também para comer com criminosos, isso faz com que Angus aja de forma agressiva e mais uma vez Jamie surge para salvar o dia. Ele diz para Angus que se ela não quer comer sobra mais comida para eles. Claire se isola e Jamie a segue. Ela diz que não pode assistir aquilo e ficar quieta. Ele pede que ela não julgue aquilo que ela não entende.

Na próxima vila de inquilinos quando um dos homens vem com nada além do que o seu filho, Dougal convida que todos se juntem a eles para uma festa e começa a entregar aos inquilinos mantimentos. Claire percebe que Dougal está jogando, pois quanto maior for a sua misericórdia, mais dinheiro ele pode coletar mais tarde. E durante a noite, Dougal discursa mais uma vez em gaélico, mas desta vez Jamie fica esperto e tira a sua camisa antes de Dougal rasgá-la e Claire mesmo sem entender tudo o que é falado, ela percebe o significado de algumas palavras como “Viva o Stuart” e nota que as pessoas dão o seu dinheiro a Dougal para que ele os proteja dos ingleses.

Claire lembra uma conversa com Frank sobre o levante jacobita e nesse momento a exibição de Dougal e Jamie se encaixam no contexto. Não é para assustar os inquilinos, mas para levantar dinheiro para um exército jacobita, ou seja, é tudo política. Depois de um momento de tensão e discussão entre Jamie e Dougal, Claire segue Jamie para a floresta, onde ele está socando uma árvore. Ela pergunta por que Jamie deixa que Dougal o use dessa forma. Jamie fala que Dougal consegue o que ele quer e que ele é o seu tio. Jamie fala que um homem tem que escolher o que vale a pena lutar. Ele sugere que ambos durmam um pouco. Claire diz que ele tente não bater mais em árvores e ele diz que as árvores estão seguras.

De manhã, Claire começa a ver os homens de uma forma diferente, não mais como criminosos, mas como rebeldes. Ela gostaria de contar para eles que estão no lado perdedor da história. Que o príncipe Stuart nunca vai vencer o rei George II, mas como ela pode dizer isso para esses homens orgulhosos e apaixonados que vivem e respiram por seu país? Ela simplesmente não pode e a viagem continua. Até que eles encontram dois homens pregados em cruzes em forma de X e com a marca de um T para traidor.

Eles sabem que isso foi um trabalho dos ingleses. Dougal pede que os corpos sejam retirados e preparados para um enterro cristão adequado. Eles passam a noite na taberva e ela escuta alguns barulhos perto da porta do seu quarto, ela sai da cama, para investigar e tropeça mais uma vez em Jamie, que estava dormindo no chão e perto da sua porta. Ela pergunta o que ele faz ali e Jamie diz que como há muitos homens e que muitos estão bêbados, alguns poderiam querer visitar o andar de cima. Claire percebe que uma sassenach não seria bem tratada naquele momento e convida Jamie para entrar e dormir no quarto. – “Dormir no seu quarto Sassenach? Com você?” – Ele nunca poderia fazer isso, pois a sua reputação seria arruinada. Claire lembra que Jamie já dormiu sob as estrelas com ela antes. Mas como ele não aceita dormir lá, ele pode pelo menos aceitar o seu cobertor. Quando Claire dá a Jamie o seu cobertor as suas mãos se tocam e permanecem por um instante juntas. Ele garante para ela que vai estar lá protegendo-a. Gente como não amar o Jamie? É simplesmente impossível! Ele é tão honrado, tão cavalheiro, tão corajoso, ainda tão ingênuo e tão apaixonante. Ai, ai…

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No outro dia, Claire pergunta a Ned por que ele deixou que ela pensasse que os homens eram ladrões. Ela pode não saber muito de gaélico, mas ela sabe o que “Viva o Stuart” significa. Ned diz que ela pode ter entendido mais do que devia. Claire adverte que eles estão levantando dinheiro para uma guerra que não podem ganhar e o advogado diz que ela tem direito à sua opinião. Nesse momento uma briga acontece entre os seus companheiros de viagem e outros homens que estão na taverna, Claire enquanto trata dos homens os repreende por terem brigado, até que ela descobre que eles estavam lutando por sua honra. Ela é uma convidada dos Mackenzie e eles até podem insultá-la, mas Deus ajude qualquer outro homem que o fizer. Jesus, lembrei agora da minha família que todo mundo briga e se mata, mas se aparecer um mosquito zunindo qualquer coisa de um lá é morte certa. Hahahaha

Quando a próxima rodada de brincadeiras obscenas vem, Claire se junta a eles e é um momento de camaradagem, até Jamie deixar escapar que eles estão indo para Culloden Moor e Claire lembrar o que acontecerá com a vida dos Highlanders após a batalha de Culloden que será daqui a apenas três anos. Ela se angustia ao perguntar como muitos de seus novos amigos vão morrer na batalha. Ela vai até o rio para se lavar e Dougal a segue, exigindo saber quem ela é realmente, porque ela está plantando as sementes da dúvida, Claire insiste que está tentando avisá-los e salvar as suas vidas. Nesse momento, aparece o jovem soldado inglês, aliás, muitos soldados ingleses, o jovem se apresenta como Jeremy Foster e pergunta novamente a Claire se ela está sendo mantida contra a sua vontade ali.

Outlander dá uma aula de história e nos faz pensar em muitas coisas, como por exemplo, como eu ou qualquer mulher desse nosso século poderia se adaptar em um mundo totalmente diferente do nosso? Em um mundo dominado pelos homens e que as nossas únicas funções fossem cuidar da casa, procriar e criar os filhos? Eu entendo que Claire não é perfeita e erra como todos nós, mas a forma como ela consegue se movimentar e adaptar nesse mundo machista é impressionante. O século XVIII para Claire aparece hostil, frio e incompreensível . Claire vai pensar em Frank, confiar no exercito inglês e fugir ou vai assumir que os escoceses conquistaram o seu coração?

Em muitos momentos eu ficava irritada por não ter legenda dos diálogos em gaélico, mas nesse episódio eu vi como estava enganada, porque Outlander é todo contado pelo ponto de vista da protagonista e assim sentimos o seu isolamento e desespero nessa jornada. Algo que sempre me pergunto é se eu estivesse no lugar de Claire tentaria falar ou mudar os acontecimentos, sinceramente não sei. O que sei é que Outlander é uma série fascinante e apaixonante, que o episódio foi bom e que sigo ansiosa pelo próximo.

Educadora que ama livros, séries e filmes. Sonho encontrar um portal e viajar no tempo por vários lugares e épocas. Sou uma apaixonada por Outlander, Claire e Jamie Fraser.

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