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Outlander: Diana Gabaldon faz uma reflexão sobre como foi escrever o Voyager e conta se ela fará…

LYNETTE RICE@LYNETTERICE

The Poisoned Pen

Para dar o ponta pé inicial na 3ª temporada de Outlander, pedimos à autora, Diana Gabaldon, para fazer uma reflexão sobre como foi escrever seu terceiro livro na série, Voyager (Resgate no Mar)?—?no qual a temporada atual do Starz está baseada?—?e para discutir seu próximo livro…

De onde surgiram os títulos dos 3 livros?

Geralmente demoro muito a dar um título aos meus livros. Demorei 11 meses para chegar ao nome Outlander (A viajante do Tempo) e a reação do editor foi “Ah que bom, apenas uma palavra. Não vai atrapalhar na arte.” O título Voyager (Resgate no Mar) eu já tinha antes mesmo de começar a escrever o livro. Todos os livros de Outlander ainda tem um pezinho na Escócia, mas, após Culloden, a Escócia que conhecíamos e amávamos deixou de existir. As montanhas e os vales ainda estão lá, porém os clãs acabaram e a cultura escocesa foi destruída, mas levada para outros cantos do mundo por aqueles que sobreviveram. A história continua. Por isso, o nome Voyager (Resgate no Mar).

Então o que o livro Voyager significa para a série de livros?

Veja bem, eu não gosto de fazer coisas das quais já fiz. Por outro lado, eu poderia dizer antes mesmo de terminar o livro Outlander (A viajante do Tempo), que havia mais de um livro para esta história. Por isso cada livro da série é diferente na estrutura, na voz, no tom, no tema, etc, apesar que todos contam as aventuras de Jamie Fraser e Claire Beauchamp Randall Fraser. Outlander (A Viajante do Tempo) é uma história linear toda narrada em primeira pessoa pela Claire. Drangonfly in Amber (Libélula no Âmbar) já não é linear. A história acontece em dois tempos diferentes e é contada por dois pontos de vistas: da Claire e do Roger. Voyager (Resgate no Mar), têm três pontos de vistas: da Claire, do Jamie e do Roger. É contada por uma narrativa trançada: Jamie conta a história da sua maneira, seguindo em frente. Claire conta de trás para frente, recontando para Bree (sua filha) e para Roger, seus dois ajudantes. E o ponto de vista do Roger; onde ele tenta desvendar o mistério, se apaixona por Brianna e fornece dados importantes para o desenrolar do romance entre Claire e Jamie.

O fato do Ron e sua equipe terem usado essa estrutura de forma efetiva, me deixou bem satisfeita. Escrever cada um desses livros foi uma aventura por si só. Alguns foram escritos em locais específicos. Outlander (A Viajante do Tempo) foi escrito na garagem. Alguns foram escritos em silêncio, outros com músicas. Voyager (O Resgate do Mar) foi músical. Eu o escrevi escutando uma combinação de Carmina Burana e músicas Célticas variadas, como The Corries, Runrig, Ewan MacColl, Rankin Family, Alasdir Fraser. As letras e as melodias das músicas evocam meu estado emocional e fazem com que o véu que separa um lado meu do outro, seja mais fino que o usual, o que é muito bom para a escrita.

Atualmente você está escrevendo um novo livro da série Outlander. Nesse caso, você teria então, um tempinho para fazer o roteiro de um dos episódios dessa temporada?

Estou no meio do nono livro da série, Go Tell the Bees That I Am Gone (tradução livre “Vá Diga As Abelhas Que Eu Me Fui), e simplesmente não pude parar por uns três meses para escrever um roteiro. Escrever e revisar um roteiro toma-se um bom tempo, e trabalhar no set enquanto eles filmam é, como disse Sam Heughan, ‘intenso e cruel’. Eles contrataram mais quarto roteiristas, são oito no total para a 3a temporada, então não precisam de mim como precisaram temporada passada.

Podemos esperar que faça uma ponta em um dos episódios nessa temporada?

Este ano não, estou sem tempo! No entanto, gostaria de fazer uma ponta na 4a temporada.

Fonte: EW

Tradução: Bianca Portela

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