Os 5 porquês de ‘Outlander’ ser melhor que ‘Game of Thrones’
Por Cassam Looch para The Culture Trip
Com a terceira temporada de Outlander para estrear logo após a sétima temporada de Game of Thrones, que começa em julho, nós escolhemos cinco razões convincentes para que você seja #TeamSassenach em vez de #TeamStark.
Começaremos dizendo que amamos ambas as séries. Game of Thrones é com certeza reconhecida como uma das mais grandiosas e melhores séries de TV de todos os tempos. É também de opinião popular que a série sofreu uma queda significante na qualidade nos últimos anos.
A nova temporada, com um menor tempo de exibição graças ao número reduzido de episódios, é certamente um passo na direção certa. Nós também temos uma data definitiva para o fim da saga de George R. R. Martin (pelo menos na tv, mesmo que o autor hesite em terminar o material literário em breve).
Outlander, em comparação, é uma série pretensiosa. As duas primeiras temporadas tiveram tanta coisa, e há mais para vir, visto que o trabalho de ficção histórica de Diana Gabaldon é de oito livros, com outra parcela a caminho.
Vamos ver os motivos pelos quais você deveria escolher Jamie e Claire:
Realismo com fantasia
Ambos os shows têm uma pegada de fantasia/ficção. Com Game of Thrones, isso é algo que se desenvolveu ao longo do tempo, enquanto que em Outlander é muito mais como um gatilho para fazer o enredo ir em uma certa direção.
Pense dessa forma?—?as duas primeiras temporadas de Game of Thrones poderiam ser facilmente transformadas em um drama histórico crível (se um pouco horrível). Sim, há espíritos e bruxas, mas eles quase não são essenciais para a ação. Coisas irrevogavelmente mudam, no entanto, uma vez que os dragões são introduzidos adequadamente. Entramos com tudo na ficção e temos uma peça chave que remove todo o realismo da série. Sempre que uma batalha importante está acontecendo, você sempre tem a sensação irritante de que um dragão gigante irá intervir e fritar os exércitos em duelo.
Outlander faz de forma oposta. A série se joga na fantasia logo no primeiro episódio da primeira temporada, quando vemos a enfermeira Claire Randall ser transportada de volta no tempo, da Escócia de meados do século XX para as florestas das Terras Altas do século 18, após tocar uma pedra sagrada.
A partir daí, no entanto, Claire tem que usar sua inteligência e aptidões para sobreviver às duras condições em que se encontra. Suas ações são críveis e realistas. Ela mostra bastante de seu caráter mais moderno para se destacar, mas não tanto a ponto de se tornar um tipo de deidade. É claro que batalhas na vida real e guerras são partes integrantes da trama.
A história
A escala de Game of Thrones?—?seu escopo abrangente e rápida expansão?—?deve ser aplaudida. A mitologia e história são dignas de um próprio spin-off (algo que tem sido discutido recentemente), e ninguém pode negar a ambição com que a série abriu.
Não foi até a quarta temporada que as rachaduras nesta vasta paisagem começaram a aparecer. Tornou-se evidente, até que um rumo ao fim surgisse, que a série seguiria enrolando. Estávamos agora a ser apresentados a personagens que não só tinham pouco a ver com a história principal, mas também tinham pouco a ver com as pessoas que realmente importavam na série.
Outlander tem muito mais foco. Claire (Caitriona Balfe) encontra Jamie Fraser (Sam Heughan) e é levada de volta ao clã do último. Ela é essencialmente uma prisioneira, mas também está lá para sua própria proteção. Em perseguição, está Jonathan ‘Black Jack’ Randall, um ancestral direto do marido de Claire no século XX, Frank Randall.
A segunda temporada começou na opulência da França do século XVIII. Esta foi uma mudança visual, e o tom da série também mudou, mas mais uma vez o foco estava claramente em Claire e Jamie, bem como no romance do casal.
Alguns críticos?—?que quase certamente não viram a série?—?rotularam Outlander como uma “Game of Thrones feminista”. Claire é obviamente uma mulher forte em uma sociedade dominada pelos homens, mas há muito mais para ela do que isso.
Personagens e performances
Os três personagens centrais de Outlander oferecem performances surpreendentemente convincentes. Eles interagem maravilhosamente, e retratam as realidades brutais da época em que ocupam. A vilania de Black Jack é extrema, sádica e terrível, e ainda assim nunca apenas feito por causa do choque.
Tanto Game of Thrones quanto Outlander prosperam em colocar personagens importantes em situações desesperadamente sombrias. Eles enfrentam violência, tortura e abusos indescritíveis periodicamente.
Se você, no entanto, tivesse que escolher a relação central ou dinâmica em Game of Thrones, seria impossível reduzi-la a menos de uma dúzia de personagens aproximadamente. Por um lado, é um elogio?—?um universo rico e denso foi criado para esse propósito. Mas também é verdade que algumas performances e personagens estão se perdendo no campo minado como resultado.
Um grande exemplo de como Outlander tem uma estrutura mais refinada está na evolução de Jamie Fraser. O ator Sam Heughan inicialmente teria sido apresentado com um personagem de uma encantadora e adorável rebeldia, mas também viu Jamie se desenvolver graças ao que ele resiste na primeira temporada. As repercussões do abuso que ele sofre nas mãos de Black Jack o moldaram. Vemos os efeitos disso em grande detalhe graças à enorme ênfase nos personagens principais.
Claire Randall também passa por muita coisa. Nós a vemos lutar internamente com as implicações morais de suas ações e sua relutância em voltar para casa. Quando Claire e Jamie estão em cena juntos, a magia é certa.
Química
Novamente, há química óbvia entre um monte de personagens em Game of Thrones, e não há crítica a isso, porém Outlander faz melhor.
A ideia de “almas gêmeas” encontrando uma a outra apesar dos obstáculos colocados à sua frente, pode parecer um romance antiquado que não tem lugar em um drama do século 21. Claire e Jamie são apenas isso, as metades da laranja que desafiam as probabilidades e se encontram. Eles então, enfrentam vários e complexos obstáculos morais e físicos que desafiam todos os aspectos de seu relacionamento.
Claire, de Balfe, é obstinada e apaixonada, assim como Jamie, de Heughan. O ator nascido escocês foi a primeira pessoa escalada para a série, e, posteriormente, teve influência na escolha de quem iria interpretar Claire. Em uma entrevista recente com The Herald, Heughan disse: “Eu tive muita sorte em fazer testes com todas que eles procuraram para o papel de Claire. Eles fizeram todos esses testes de química, eu fui para Los Angeles algumas vezes e nós testamos lá e em Londres.
“Eles não conseguiam encontrar a garota certa, e então Caitriona apareceu e isso pareceu dar certo. Ela é muito divertida e há um alto nível de confiança entre nós. Ela é uma ótima amiga e extraordinária em sua parte.” E há também a boa relação do par pelo Twitter.
Ritmo
Não há como negar o ritmo calmo em boa parte de Outlander. Se você estiver procurando por repetidos banhos de sangue, então Game of Thrones é a série para você… embora ambas as séries tenham uma alta pontuação quando se trata de cenas de sexo quentes.
Outlander é muito mais envolvente e como resultado, leva um tempo para se adaptar. É uma venda difícil, você pode ser recomendado a assistir e achar difícil de se apegar à série.
Há sempre a esperança de que Game of Thrones volte ao seu melhor. Quando estava no auge, era imbatível, mas a pressa para chegar a marcos significativos e produzir episódio atrás de episódio fez com que houvesse uma queda na qualidade.
Enquanto isso, Outlander ganhou vantagem. A terceira temporada promete mais do mesmo, mas com um toque muito inovador (visitamos o set mais cedo este ano, mas juramos segredo sobre os detalhes). Talvez o teaser lançado recentemente possa explicar melhor de qualquer maneira…
Traduzido por Iury
Fonte: The Culture Trip
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