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Conto de Valentine’s Day na Colina Fraser


Entrei em minha sala de consulta e comecei a fazer o inventário das minhas ervas, estávamos em fevereiro e mesmo ainda sendo inverno, eu ainda tinha um bom estoque e daqui a pouco a primavera chegaria e então, poderia cultivar minhas ervas novamente. 
Fui surpreendida com a presença de Adso roçando em minhas pernas e miando enquanto olhava para mim.
– Hum, quer um pouquinho de leite??—?sorri quando ele miou em resposta a minha pergunta.
Coloquei um pouco do leite em um pires e fiquei olhando para ele sorrindo, enquanto ele bebia com voracidade o leite e depois se lambia.
– Impressionante como esse gato te faz feliz Sassenach.?—?disse Jamie atrás de mim. Eu estava tão entretida que não percebi a sua presença e me assustei com a chegada dele.
– Ai Jamie, você me assustou. Quando você chega assim pisando leve desse jeito parece mesmo com um gato.
– Hum… se você me deixar ficar em suas coxas, passando a mão em mim, depois ficar fazendo carinho na minha cabeça, acho que eu sou capaz de miar.
Me virei para ele passando os braços em seu pescoço e o beijei, depois passei as mãos em seu cabelos ruivos e com alguns fios prateados, desci para o rosto e desenhei com os dedos o formato de cada sobrancelha, passei os dedos naqueles olhos azuis que eu amava tanto e que agora estavam fechados, massageei com a mão a sua barba que ele havia deixado crescer por causa do frio, diferente dos seus cabelos a sua barba tinha uma faixa branca que descia abaixo dos lábios inferiores. Meus dedos desceram para o seu pescoço, e fiquei fazendo movimentos circulares e terminei dando um beijinho lá. Que foi retribuído com um sorriso e um longo suspiro.
– Viu você não precisa miar para que eu te faça carinho seu bobo.
Jamie sentou comigo no banco que ele fizera para os meus pacientes, segurou as minhas mãos, as beijou e perguntou:?—?Sassenach, como era aquela história que você me contou sobre Valentino?
– Ah, Valentine’s Day. Jaime é quando nos EUA celebramos o dia dos namorados e conta-se que a origem dessa celebração vem de uma história do sec. III, onde um padre chamado Valentino viveu em uma época em que o imperador romano Claudius II proibiu que jovens se casassem, pois acreditava que os soldados casados teriam mais dificuldade para ficarem longos períodos longe lutando pelo seu reino, porque ele achava que ficariam pensando em suas famílias, com saudades e com vontade de voltar para casa. Já os solteiros não teriam nenhuma distração que tirasse o foco da guerra.
– Com certeza esse imperador não conhecia as prostitutas que acompanham os exércitos.?—?disse Jamie e fez um gesto com a mão para que eu continuasse ao ver a minha sobrancelha levantada com essa afirmação.
– Bem…?—?disse sorrindo?—?Sentindo que essa lei era injustiça, Valentino casava os jovens em segredo até que um dia o imperador descobriu, o prendeu e o sentenciou à morte. Quando estava preso, Valentino recebeu a visita de muitos casais que ele tinha casado, e eles sempre traziam flores e cartas de apoio a ele. Uma das visitas frequentes ao padre era a filha de um dos guardas da prisão, em que ele aguardava o seu enforcamento. Contam que os dois acabaram se apaixonando, a moça era cega e pouco antes de morrer ele deixou uma carta para ela assinada no final “your Valentine” (de seu Valentino). Reza a lenda que o milagre do amor de Valentino deu à moça sua visão de volta. Valentino foi enforcado em 14/02 e é por esta razão que nos EUA eles celebram o dia dos namorados, onde as pessoas dão flores, chocolates em forma de coração e muitos cartões de Happy Valentine’s Day. Na verdade as pessoas dão esses presentes não apenas aos namorados, mas também à família, amigos e para todos aqueles que você ama.
– Hum… que dia é hoje mesmo Sassenach?
– Estamos em fevereiro… dia 14, hoje é dia dos namorados.- disse beijando-o.?—?Happy Valentine’s Day Jamie!
– Para você também mo duinne.?—?E deixou em minhas mãos um pacote enrolado em um pedaço de couro, que provavelmente ele deve ter curtido e que estava amarrado com uma fita de seda rosa escura.
Soltei a fita e passei os dedos nela sentindo a sua maciez e admirando a sua cor.
– Gosto dessa cor em sua pele Sassenach.?—?disse passando a mão em meu rosto.
Abri o pacote e dentro havia uma placa feita de carvalho e dentro entalhada estava escrito: Claire Fraser?—?Médica e Curandeira. Minha vista ficou embaçada porque lágrimas de emoção e felicidade se formaram e começaram a cair.
– Ah, Jamie… é tão lindo!?—?disse me jogando em seus braços e o beijando.- Eu… eu não fiz nada para você, me desculpe.
– Ah, minha Sassenach… será que você não percebe? Que todos os dias você me presenteia com o seu amor e que isso faz com que o meu mundo seja melhor.
Por Mari Barros

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