5ª Temporada,  Série

Livro vs Série – 5×01 – The Fiery Cross

E mais uma droughtlander chega ao fim! E como essa foi longa, não é!? Esperamos ter contribuído um pouco para passagem do tempo com a nossa retrospectiva de Livro vs Série de temporadas passadas, que você encontra completo aqui no blog. Sem mais delongas, vamos começar nossa análise de “The Fiery Cross”, ou “A Cruz de Fogo”, primeiro episódio da tão aguardada quinta temporada.

A primeira pergunta que você, se não é leitor, deve estar fazendo é: Mudou muita coisa? A resposta: mudou tudo, mas aproveitaram as pequenas narrativas e conseguiram amarrar a história como um todo da melhor forma possível, em minha humilde opinião. Se recapitularmos o final da quarta temporada, vão lembrar que haveria um grande encontro, no qual famílias escocesas da região participavam anualmente, para comércio, cerimônias, além do sentimento de comunidade. O quinto livro se inicia no exato ponto onde o anterior termina, ainda no grande encontro, especificamente no último dia desse evento (um dia, diga-se de passagem, que dura exatos 17 capítulos, sendo toda a primeira parte do livro). Nesse dia, temos consultas médicas, novos colonos para a Cordilheira, recrutamentos para milícia, batizados e um casamento, tudo enlaçando alguns dramas e problemas ao longo do caminho. Um ponto interessante, que pode ou não ter efeito no futuro da série, no encontro seriam realizados dois casamentos, o de Brianna e Roger e o de Jocasta e Ducan Innes, já noivos aqui. Só que o padre é preso, pois seria ilegal realizar uma cerimônia católica na colônia da Carolina do Norte. Jamie e Claire dão um jeito no batizado dos netos, mas os casamentos seriam suspensos se não fosse por Roger, que conheceu um ministro presbiteriano, sua religião, que concordou em fazer a cerimônia. Então temos o casamento de Roger e Bree, o de Jocasta é adiado. Vamos guardar essa informação, pode ser útil posteriormente na temporada.

Sobre o casamento, foi bem diferente da série, onde tudo foi todo planejado nos mínimos detalhes. No livro, tivemos a cerimônia, um tanto engraçada, devido a caretas e sorrisos forçados por não ser um casamento católico. Da festa após, vemos as famílias celebrando, cantando, dançando, comendo e bebendo. A série deu grande destaque para a celebração, assim como para os destalhes precedentes, o que acredito aqueceu o coração de todos. Confira um pequeno trecho da cerimônia, no qual temos alguns momentos fofos e engraçados:

Vi Roger olhar em nossa direção e em seguida se virar para Bree. Talvez ele estivesse esboçando um sorriso, ou podia ser apenas o efeito das sombras. Jamie soltou o ar com força pelo nariz, e eu o cutuquei de novo.
– Você fez como quis no batizado – sussurrei.
Ele ergueu levemente o queixo. Brianna olhou em nossa direção, parecendo um pouco ansiosa.
– Eu não disse uma palavra, disse?
– É um casamento cristão perfeitamente respeitável.
– Eu disse que não era?
– Então, pareça feliz, inferno! – sussurrei.
Ele soltou o ar mais uma vez e adotou uma expressão de benevolência que ficava a um passo da completa imbecilidade.
– Melhor assim? – perguntou ele, os dentes cerrados em um sorriso.
Vi Duncan Innes se virar casualmente um nossa direção, sobressaltar-se e voltar-se para o outro lado depressa, murmurando algo para Jocasta, que estava perto do fogo, os cabelos brancos brilhando e uma venda sobre os olhos prejudicados para protegê-los da luz. Ulysses, em pé atrás dela, havia colocado a peruca em homenagem à cerimônia; era só o que conseguia ver dele na escuridão, flutuando, aparentemente sem corpo, no ar acima do ombro dela. Enquanto eu observava, ele se virou de lado, olhou para nós, e eu vi o brilho tênue de seus olhos abaixo da peruca.
– Quem é aquele, grand-mère?
Germain escapara, como sempre, dos cuidados dos pais e, parado perto dos meus pés, apontou com curiosidade para o reverendo Caldwell.
– É um ministro, querido. A tia Bree e o tio Roger vão se casar.
– Ministro?
Respirei fundo, mas Jamie foi mais rápido que eu.
– É um tipo de padre, mas não exatamente.
– Um padre ruim?
Germain olhou para o reverendo Caldwell com muito mais interesse.
– Não, não – respondi. – Ele não é um padre ruim. É só que… bem, nós somos católicos, e os católicos têm padres, mas o tio Roger é presbiteriano…
– Isso quer dizer um herege – disse Jamie, prestativo.
– Não é um herege, querido. O grand-père está sendo engraçado… ou achando que é. Os presbiterianos são…
Germain não estava prestando atenção em minha explicação; em vez disso, inclinara a cabeça para trás, olhando para Jamie com fascínio.
– Por que o grand-père está fazendo caretas?
– Estamos muito felizes – explicou Jamie ainda com um sorriso forçado.
– Ah. – Germain o imitou de forma grosseira, com os dentes cerrados e olhos arregalados. – Assim?
– Sim, querido – respondi, com ênfase. – Exatamente assim.
Marsali nos encarou, piscou e puxou a manga de Fergus. Ele se virou, estreitando os olhos para nós.
– Fique feliz, pai! – Germain apontou para seu enorme sorriso. – Está vendo?
Fergus entortou a boca ao olhar para o filho e para Jamie. Seu rosto ficou inexpressivo por um momento, e em seguida se ajustou em um sorriso enorme e falso. Marsali deu um chute em sua canela. Ele fez uma careta, mas não desfez o sorriso.

Voltando ao grande encontro, a série optou por reunir toda a população escocesa das montanhas na propriedade da Jamie, ajudando-o a construir sua nova casa, e também para celebrar o casamento de sua filha. Nesse episódio temos muitos elementos do grande encontro compactados. Muitos dos diálogos que vimos existem no livro, como a conversa entre Roger e Jocasta, Lizzie toda, toda nos flertes, a apresentação de Josiah Beardsley (guardem o nome desse menino), dentre outros. Sobre a conversa de Roger com Jocasta, a série foi bem fiel. Uma diferença é que o juramento que vemos nesse episódio é realizado originalmente quando ele conhece o filho, adotando-o como seu desde o primeiro momento. Mas a conversa é importante, tem um impacto similar, refletindo o forte sentimento de Roger pelo seu filho, algo que outros a sua volta notam. A série conseguiu transmitir tudo isso junto de uma forma muito eficaz. Confira um trecho que traz Roger falando sobre a conversa, e seu significado para nossos personagens:

Corando intensamente, Roger relatou a essência de sua conversa com Jocasta – falando tão baixo a ponto de quase não ser ouvido no fim.
Mas nós ouvimos com clareza mesmo assim. Jamie olhou para mim. Seus lábios se contraíram. Então, seus ombros começaram a tremer. Senti o riso irromper dentro de mim, mas não foi nada comparado à hilaridade de Jamie. Ele riu quase em silêncio, mas com tanta intensidade que seus olhos ficaram marejados.
– Ah, Cristo! – disse ele, por fim. Levou a mão ao lado do corpo, ainda rindo. – Meu Deus, acho que desloquei uma costela.
Ele estendeu a mão e pegou um dos panos que estavam secando em um arbusto e limpou cuidadosamente o rosto com ele.
– Tudo bem – disse ele, recuperando-se um pouco. – Vá falar com Farquard, então. E se Abel estiver lá, diga a Campbell que eu serei o fiador dele. Traga-o de volta com você.
Ele fez um breve gesto para afastar Roger, vermelho de vergonha, mas firme em sua dignidade, e partiu de imediato. Bree o seguiu, lançando um olhar de reprovação para o pai, o que só fez com que ele começasse a rir de novo.
Afoguei minha própria vontade de rir com um gole do chá quente e perfumado. Ofereci a xícara a Jamie, mas ele recusou, satisfeito com o resto da cerveja.
– A minha tia – observou ele, abaixando a garrafa – sabe muito bem o que o dinheiro compra e o que o dinheiro não compra.
– E ela acabou de comprar para si, para todos os demais habitantes do condado, uma boa opinião a respeito do pobre Roger, não? – respondi de modo meio seco.
Jocasta Cameron era uma MacKenzie de Leoch; uma família cujos integrantes Jamie certa vez descreveu como “interessantes como cotovias no campo e espertos como raposas”. Se Jocasta realmente tivera dúvidas a respeito dos motivos de Roger para se casar com Bree, ou se queria se antecipar aos boatos que correriam por Cabo Fear, seus métodos tinham sido inegavelmente bem-sucedidos. Ela provavelmente estava dentro de sua barraca vangloriando-se de sua esperteza, ansiosa para espalhar a história de sua oferta e da resposta de Roger.
– Pobre Roger – concordou Jamie, ainda rindo. – Pobre, mas virtuoso. – Ele virou a garrafa de cerveja, bebeu todo o conteúdo e a abaixou com um suspiro breve de satisfação. – Mas, pensando bem – disse ele, olhando para mim –, ela também deu algo de valor a ele, não?
– Meu filho – repeti suavemente, assentindo. – Você acha que ele percebeu isso antes de dizer? Que ele de fato sente que Jemmy é filho dele?
Jamie fez um movimento indeterminado com os ombros.
– Não sei. Mas é bom que ele tenha isso resolvido dentro da cabeça dele antes de o próximo filho vir, um que ele terá certeza de que é seu.

Ainda sobre o nosso cantor, vemos Claire querendo proteger o mesmo das batalhas que estão por vir, a até mesmo um certo receio do historiador ao ser nomeado capitão. No livro, esse sentimento é um pouco diferente. A convocação para formar a milícia ocorre no encontro, antes do casamento, e Roger ajuda Jamie e encontrar homens dispostos a lutar do seu lado.

Confira um pouco da conversa entre eles:

– Milícia. Em quanto tempo?
Jamie ergueu um dos ombros.
– Não há como saber, mas mais cedo do que qualquer um de nós gostaria, acho.
– Ele abriu um sorriso fraco e infeliz para Roger. – Ouviu as conversas ao redor das fogueiras?
Roger assentiu com seriedade. Ele ouvira as conversas nos intervalos da cantoria, durante as competições de lançamento de pedra, entre os homens que bebiam em pequenos grupos sob as árvores no dia anterior. Uma briga irrompera na competição de lançamento de toras – que logo foi interrompida, sem danos –, mas a raiva pairava no ar da Reunião, como um cheiro ruim.
Jamie passou a mão pelo rosto e pelos cabelos, e deu de ombros, suspirando.
– Foi sorte eu ter cruzado com o velho Arch Bug e sua mulher hoje. Se houver confronto, e haverá, acho, mais tarde, se não agora, então Claire virá conosco. Eu não gostaria de deixar Brianna sozinha, e isso pode ser evitado.
Roger sentiu o peso incômodo da dúvida sumir quando tudo se esclareceu de repente.
– Sozinha. Você quer dizer… que quer que eu vá junto? Para ajudar a reunir homens para a milícia?
Jamie olhou para ele, confuso.
– Sim, e quem mais?
Ele puxou as barras do tartã mais para cima nos ombros, curvado contra o vento que aumentava.
– Venha comigo, então, capitão MacKenzie – disse ele, com um tom irônico na voz. – Temos trabalho a fazer antes de você se casar.
[…]
Capitão MacKenzie. Ele sentiu um orgulho meio envergonhado ao pensar no título que Fraser lhe concedera.
– Soldado Instantâneo – disse a si mesmo com ironia, endireitando os ombros de seu casaco encharcado. – Apenas acrescente água.
Ao mesmo tempo, admitia sentir uma leve comichão de ansiedade. Podia não passar de assumir o papel de soldados por hora, mas a ideia de marchar com um regimento de milícia, com mosquetes nos ombros e o cheiro de pólvora nas mãos…

Ainda no assunto da milícia, vale destacar que Jamie é convocado por uma carta do governador, sem uma missão específica, apenas para conter as revoltas dos reguladores quando necessário. O governador Tryon só dá as caras no livro bem mais à frente, quando as coisas já estão agitadas, e mesmo assim é Jamie que o encontra, ele nunca vai à Cordilheira. A história envolvendo Murtagh também é exclusiva da série, uma vez que o personagem originalmente morre em Culloden. O que temos no livro, como dissemos, é convocação para formação da milícia, sendo que muitos dos homens ali não são moradores da Cordilheira, mas do entorno, porém eles têm Jamie como o Coronel de milícia toda aquela região. Outro ponto, vemos a cerimônia com os juramentos no final do episódio. No final do encontro no livro temos algo similar, porém um pouco diferente. Após o casamento, durante a festa, Jamie vai até a fogueira e reúne todos os seus colonos ali, e é ele quem faz um juramento a todos presentes, pedindo para todos fiquem ao seu lado. Ah! Aqui não temos a cruz de fogo ainda, mas a fogueira do acampamento, o momento da cruz é mais a frente no livro. Podemos dizer a série combinou um pouco de ambos.

Confira o trecho do acampamento:

Jamie desceu comigo pelo caminho escuro em direção às chamas da grande fogueira mais abaixo, e os outros o seguiram, especulando baixinho. No fim da clareira principal, ele se virou e esperou. Figuras escuras apareceram em meio às sombras; a silhueta de um homem apareceu na frente da fogueira, com o braço erguido.
– Os Menzies estão aqui! – disse o homem, e jogou o galho que carregava no fogo. Gritos distantes foram ouvidos, de pessoas do seu clã que estavam próximas dali.
Outro tomou seu lugar – MacBean – e outro – Ogilvie. Então, chegou a nossa vez.
Jamie seguiu em frente sozinho, na direção da luz das chamas crepitantes. A fogueira era feita de carvalho e pinheiro e as chamas superavam um homem alto, línguas de um amarelo transparente, tão puras e ardentes que quase chegavam a ser brancas em contraste com o céu escuro. A luz dela brilhava no rosto dele, na cabeça e nos ombros, e lançava uma sombra comprida que se estendia até a metade da clareira atrás dele.
– Estamos reunidos aqui para receber velhos amigos – disse ele em gaélico. – E para encontrar novos, na esperança de que possam se unir a nós na construção de uma nova vida neste novo país.
A voz dele era profunda e arrebatadora; os últimos fragmentos de conversa se dissiparam enquanto as pessoas ao redor da fogueira silenciavam e esticavam o pescoço para ouvir.
Todos passamos por muitas dificuldades na estrada até aqui.
Ele se virou lentamente, olhando de rosto em rosto ao redor da fogueira. Muitos dos homens de Ardsmuir estavam lá: vi os irmãos Lindsays, à vontade como um trio de sapos; o rosto de raposa de Ronnie Sinclair, com os cabelos ruivos penteados para trás; os traços romanos de Robin McGillivray. Todos observando das sombras, com a sobrancelha e a ponte do nariz brilhando, cada rosto iluminado pelo fogo.
[…]
– Enquanto lamentamos a perda daqueles que morreram, também devemos prestar homenagem àqueles que lutaram e sofreram com igual esforço… e sobreviveram.
– Slàinte! – veio a saudação, mais alta dessa vez, com o ressoar das vozes masculinas.
[…]
– Prestamos homenagem às nossas mulheres – disse ele, erguendo o copo para Brianna, Marsali e por fim virando-se para mim. Ele esboçou um sorriso. – Pois elas são a nossa força. E nossa vingança contra os nossos inimigos será, por fim, a vingança do berço. Slàinte!
Em meio aos gritos da multidão, ele esvaziou o copo de madeira e o jogou no fogo, onde permaneceu escuro e redondo por um momento e em seguida explodiu em uma chama brilhante.
– Thig a seo! – disse ele, estendendo a mão direita para mim. – Thig a seo, a Shorcha, nighean Eanruig, neart mo chridhe. – Venha até mim, disse ele. Venha até mim, Claire, filha de Henry, força do meu coração. Mal sentindo meus pés ou aqueles nos quais pisava, fui até ele e segurei sua mão, sentindo-a fria, mas forte sobre os meus dedos.
Eu o vi virar a cabeça; estaria procurando Bree? Mas não, ele estendeu a outra mão em direção a Roger.
– Seas ri mo làmh, Roger an t’òranaiche, mac Jeremiah MacChoinneich! – Fique do meu lado, Roger, o cantor, filho de Jeremiah MacKenzie.
Roger ficou imóvel por um momento, os olhos fixos em Jamie, e então foi em direção a ele, como um sonâmbulo. A multidão ainda estava animada, mas os gritos tinham diminuído, e as pessoas esticavam o pescoço para ouvir o que era dito.
– Fique ao meu lado na batalha – disse ele em gaélico, os olhos fixos em Roger, a mão esquerda estendida. Ele falava lenta e claramente, para ser compreendido. – Seja um escudo para a minha família, e para a sua, filho do meu lar.
A expressão de Roger pareceu se dissolver de repente, como um rosto refletido na água quando uma pedra é jogada nela. Então o rosto se solidificou de novo, e ele segurou a mão de Jamie, apertando com força.
Jamie se virou para a multidão naquele momento e começou a chamar. Era algo que eu já tinha visto ele fazer antes, muitos anos antes, na Escócia. Um convite e uma identificação formais dos arrendatários por um senhor; era uma cerimônia pequena, normalmente realizada a cada trimestre ou depois da colheita. Rostos se iluminaram aqui e acolá em reconhecimento; muitos dos escoceses das Terras Altas conheciam o costume, mas não o tinham visto naquela terra antes.
– Venha até mim, Geordie Chisholm, filho de Walter, filho de Connaught, o Vermelho!
– Fique comigo, a Choinneich, Evan, Murdo, filhos de Alexander Lindsay do Vale!
– Venha para o meu lado, Joseph Wemyss, filho de Donald, filho de Robert!
Eu sorri ao ver o sr. Wemyss, corado mas muito lisonjeado com aquela inclusão pública, se aproximar de nós, a cabeça erguida com orgulho, os cabelos claros soltos ao vento da grande fogueira.
– Fique ao meu lado, Josiah, o caçador!
Josiah Beardsley estava ali? Sim, estava; uma figura escura e esguia saiu das sombras e se posicionou com timidez no grupo próximo de Jamie. Olhei nos olhos dele e sorri; ele desviou o olhar depressa, mas um sorriso discreto e tímido permaneceu em seus lábios, como se ele tivesse se esquecido de que sorria.
Quase quarenta homens, corados de orgulho e de uísque. Vi Roger trocar um olhar com Brianna, que lhe sorria do outro lado da fogueira. Ela abaixou a cabeça para sussurrar algo para Jemmy, que estava enrolado em seus cobertores, sonolento nos braços dela. Ela segurou a mão dele e a abanou para Roger, que riu.
–… Air mo mhionnan…
Distraída, ouvi apenas as últimas palavras de Jamie. Mas o que quer que ele tivesse dito foi recebido com aprovação: ouviu-se um murmúrio de pessoas concordando solenemente ao nosso redor, seguido de um momento de silêncio.
[…]
– Não ouvi a última parte – falei. – E não sei o que quer dizer earbsachd. Você sabe?
– Ah… sim. Sei.
Estava bem escuro ali, no espaço entre as fogueiras; dele, eu via apenas uma mancha mais escura contra a escuridão dos arbustos e das árvores. Havia uma nota estranha em sua voz. Ele pigarreou.
– É uma espécie de juramento. Ele, Jamie, fez uma promessa a nós, a sua família e seus arrendatários. Apoio, proteção, esse tipo de coisa.
– Ah, é? – perguntei, meio confusa. – O que quer dizer com “uma espécie de juramento”?
– Ah, bem. – Ele ficou em silêncio por um momento, medindo as palavras. – Significa uma palavra de honra, em vez de apenas um juramento – disse ele cuidadosamente. – Earbsachd – ele pronunciou com cuidado – era considerada a característica distintiva dos MacCrimmons de Skye e significava basicamente que, quando davam a sua palavra, eles a cumpriam a qualquer preço. Se um MacCrimmon dizia que ia fazer alguma coisa – ele fez uma pausa e inspirou –, ele a fazia, mesmo que tivesse que queimar até a morte para isso.

E com isso, chegamos ao fim do nosso primeiro livro vs série dessa nova temporada. E você, curtiu o episódio? Gostou da adaptação, ou mudaria algo? Eu, particularmente, amei! Deixe seu comentário!

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