Daily Line: William
POSSUI SPOILER DO LIVRO 9 | Leia outros em Trechos da Diana
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“Não seja tolo,” ele disse para si mesmo. “Você sabe que o papai não seria…” “Papai…” ele disse como se tivesse um espinho na garganta, e engoliu em seco.
Mesmo assim, ele retirou a mão do trinco e deu meia volta. Ainda esperaria por um quarto de hora, ele decidiu. Se alguma coisa terrível acontecesse, seria rápido. Ele não poderia ficar no minúsculo jardim da frente, muito menos se esconder sob as janelas. Ele contornou o quintal e desceu pela lateral da casa, em direção aos fundos.
O jardim dos fundos era grande e tinha uma horta toda escavada para o inverno, mas que ainda ostentava alguns repolhos.
Um pequeno adendo da cozinha ficava no final do jardim, tendo um caramanchão de uvas podadas de um lado e um banco no seu interior.
O banco era ocupado por Amaranthus, que segurava o pequeno Trevor nos ombros, dando tapinhas nas suas costas de maneira profissional.
“Oh, olá,” ela disse, observando William. “Onde está o outro cavalheiro?”
“Lá dentro,” ele respondeu. “Conversando com Lorde John. Eu pensei em esperar por ele, mas não tinha a intenção de perturbá-la.” Ele ameaçou virar-se, mas ela o deteve erguendo a mão por um momento, antes de retomar os tapinhas.
“Sente-se”, ela disse, olhando-o com interesse. “Então, você é o famoso William. Ou deveria chama-lo de Ellesmere?
“Sim. E, não, não há necessidade.” Ele sentou-se cautelosamente ao lado dela. “Como vai o pequenino?”
“Totalmente satisfeito,” ela disse, com uma pequena careta. “A qualquer momento… oops, lá vai.” Trevor emitiu um arroto alto, acompanhado de uma chuva de leite aguado que escorria pelo ombro da mãe. Aparentemente, aquelas explosões eram comuns; William observou que ela havia posicionado um guardanapo sobre a roupa para receber o leite, embora o pano parecesse inadequado ao volume da produção de Trevor.
“Pode pegar para mim? Amaranthus, habilmente, passou a criança de um ombro ao outro e acenou com a cabeça na direção de outro pano amassado que estava no chão perto dos seus pés. William o apanhou com cuidado, mas o pano estava limpo, até aquele momento.
“Ele não tem uma ama?” Ele perguntou enquanto lhe entregava o guardanapo.
“Ele tinha,” disse Amaranthus, franzindo a testa ligeiramente enquanto secava o rosto da criança. “Eu a dispensei.”
“Embriaguez?” ele perguntou, recordando-se do que Lorde John havia dito sobre o cozinheiro.
“Entre outras coisas. Bêbada de vez em quando, muitos deles são assim, além de ser suja.”
“Suja, porque não era limpa ou … pela falta de timidez nas suas relações com o sexo oposto?”
Ela riu, apesar do assunto.
“As duas coisas. Se eu não soubesse que você era filho de Lorde John, esta pergunta teria deixado isso bem claro.” Ou melhor,” ela acrescentou, ajeitando a vestimenta, “a maneira como foi formulada e não a pergunta em si. Todos os Greys, todos os que conheci até agora, falam dessa maneira.”
“Eu sou o enteado de sua senhoria,” ele respondeu de forma justa. Qualquer semelhança no discurso deve, portanto, ser uma questão de exposição, não de herança.
Ela produziu um barulhinho demonstrando interesse e olhou para ele com uma sobrancelha erguida. Seus olhos possuíam uma cor que variava entre o cinza e o azul, ele observou. Naquele momento, eles combinavam com as pombas cinzentas bordadas no seu traje amarelo.
“É possível,” ela disse. “Meu pai sempre diz que uma espécie de pássaro aprende a cantar com seus pais. Se você retirar um ovo do ninho e colocá-lo em outro ninho a milhas de distância, o filhote aprenderá a cantar com seus novos pais, e não com aqueles que colocaram o ovo.”
Educadamente, ele reprimiu o desejo de perguntar por que alguém deveria se preocupar com pássaros e apenas balançou a cabeça.
(Grata, Theresa Bishop Williams, pela adorável abelha nas flores de mirtilo.
Fonte: Diana Gabaldon
Data de publicação: 27/04/2018
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