Outlander: 4×12 – Providence
“Ó Pai de misericórdia e Deus de todo conforto, humildemente te imploramos que visite e alivie o servo doente para quem nossas orações são destinadas. Olhe para ele com os olhos da tua misericórdia. Conforte-o com a sensação da tua bondade.” – Roger Mackenzie
Assistir a este penúltimo episódio me trouxe alguns sentimentos. Foi um episódio bonito e triste. Roger, o padre, a índia, Fergus e Marsali resgatando Murtagh, Brianna em busca do perdão e John sendo um perfeito lorde que até fica quase impossível não se apaixonar por ele. E mesmo sendo um episódio bonito, eu não consegui gostar dele.
Sou uma apaixonada por Outlander. Acompanho os livros desde 2008. Esperei muito pela adaptação para a TV. E afirmo que amar Outlander não significa que eu seja cega para os seus defeitos. Me entendam, eu sempre procuro ser positiva e ver tudo por um novo ângulo e olhar. Sim é uma adaptação e é claro que houve mudanças. Até aí não vejo nenhum problema, mas o que mais me incomodou até agora foi a forma como deixaram o casal de protagonistas em segundo plano. Nada contra Brianna e Roger, Fergus e Marsali, Murtagh e John. Mas fica difícil acompanhar a série com um sorriso no rosto quando os personagens centrais deixam de aparecer e pior, têm a sua essência mudada.
Sim, eu sei que esta quarta temporada é aquela que temos personagens novos e tramas novas. Eu sei que a chegada de Brianna e Roger, e a história de amor deles – mesmo que mal construída – precisa ser contada, mas Jamie e Claire são os personagens principais e digo mais são a alma de Outlander.
No episódio de domingo, Rik Rankin fez uma ótima interpretação do seu Roger desesperançoso e sofrido, Ed Speleers como o terrível Bonnet sempre que aparece esbanja talento, tanto que não há como não odiá-lo. Mas por que demorar tanto tempo para resgatar Roger? Por que Jamie, Claire e Ian não poderiam estar junto com Roger e os índios? Por que insistir nesse ritmo tão lento? Foi o penúltimo episódio e há tanta coisa ainda para acontecer e tão pouco tempo para ajustar tudo. E sinceramente, deixar só 40 segundos para um vislumbre dos personagens centrais que são o coração dessa história é dar um tiro no pé.
Brianna finalmente leu a carta do seu pai, achou que precisava perdoar Bonnet, pediu ajuda a John e ele prontamente a ajudou. Fergus com a ajuda de Marsali resgataram Murtagh. Não consegui entender esse momento no livro e nem aqui na série, eu entendo Brianna quando ela quer deixar para trás o que aconteceu e viver a sua vida com o filho, mas jamais iria encontrar com o meu estuprador para perdoá-lo, eu ainda não consegui chegar nesse nível de indulgência. Quanto ao casal Fergus e Marsali eu realmente gostei de vê-los em ação e seguindo o exemplo daquele casal sumido no episódio e também desta temporada. Para eles, Jamie e Claire são o exemplo de um casal apaixonado que trabalha junto e fechado, sempre usando de cumplicidade e parceria, talvez por serem a personificação do amor e o coração dessa história toda.
Roger está passando pelo seu purgatório pessoal, Brianna se agarrando a suas esperanças pelo volta de seus pais, do seu amado e que ele aceite o seu filho. Jamie e Claire? Na floresta acampando. E eu sinceramente como uma apaixonada por Outlander, espero que os problemas sejam resolvidos, principalmente que percebam que Jamie e Claire são os personagens centrais e que deixá-los apagados, ou mudar a essência deles só vai destruir a grandiosidade que Outlander é. Espero e torço muito, mas muito mesmo que o final da temporada seja incrível. E que na próxima semana, eu retorne feliz ao ver a minha série de volta nos trilhos. Porque hoje, infelizmente, eu não estou nada animada.
OUT¹: O final do episódio foi algo aterrador, chocante e de cortar o coração.
2 Comments
Micheline
Tbm sou apaixonada pela serie e nao me conformo com a frieza do encontro de Claire com Jaime, eu esperava mais.
Sara
Segue bem as características do livro… se vc realmente que ver mais Jamie e Claire vai ter que rever as primeiras temporadas… daqui pra frente a ausência aumenta bem.