Outlander: 4×03 – The False Bride
Então esta será a nossa casa e nós vamos chamá-la de Fraser’s Ridge. – Jamie Fraser
Na Escócia de 1970, enquanto Roger demonstra o seu talento como músico, ele recebe Fiona e o seu marido que agora são os proprietários da casa em que ele morou com o seu pai, o reverendo Wakefield , para entregar as chaves e desejar boa sorte no novo lar. Fiona comenta que ele está de partida para participar de um festival escocês nos Estados Unidos como também para encontrar a namorada. Roger fala que ele e Brianna se viram em Oxford e passaram o Natal juntos, se comunicam por cartas e telefone, mas o tempo e o trabalho atrapalham um pouco. Fiona o encoraja a se declarar e não perder tempo.
Brianna recebe Roger no aeroporto em Boston e é nítida a timidez dos dois, sem saber direito como agir. Mas aos poucos eles vão ficando mais à vontade, brincando e namorando. Participam do festival escocês onde Roger é um dos convidados para se apresentar como músico e cantor. Brianna está empolgada com tudo o que vê e participa dançando com Roger uma música típica escocesa, sendo desenhada junto com ele por um artista como os Mackenzies e depois ficando encantada ao ver Roger tocar seu violão e cantar. Ah, eu gostei dos dois no festival e de Roger cantando.
Depois quando eles se despedem com beijos, Brianna dá um livro de presente a Roger e o convida para beber em seu quarto. Bree mostra que é tão impetuosa como mamãe Claire e as coisas ficam mais quentes entre eles, mas Roger para e garante que esse não é o momento certo porque ele quer que isso aconteça no momento perfeito. Ele dá um bracelete de prata onde está escrito: “Eu te amo um pouco, muito apaixonadamente, nem tanto”. Ele se declara e a pede em casamento. Bree não aceita, porque tudo foi muito rápido e ela ainda não se sente pronta para dar esse passo. Eles brigam. Mais tarde se encontram conversam e pedem desculpas. Roger pergunta se ela mudou de ideia, ela diz que não e que não é por falta de amor, dá o exemplo da mãe dela que se casou por amor e que mesmo assim foi encontrar o seu verdadeiro amor depois. Acontece o ritual da queima da escultura do cervo feita de galhos de madeira, onde o representante de cada clã é chamado para depois acender com sua tocha o cervo. Quando o clã Mackenzie é chamado, Roger vai e acende o cervo junto com os outros clãs, olha e não vê mais Brianna lá. Eu fiquei ansiando em ouvir um ruivo alto bradando: Os Frasers estão aqui!
No século XVIII, encontramos Jamie se despedindo de sua tia Jocasta e falando que eles pretendem retornar ao plano original que era de enviar Ian para a sua família na Escócia, depois encontrarem um lugar para se estabelecerem onde ele pode trabalhar como impressor e Claire como médica. Jocasta não gosta e diz que sentirá falta dele a ajudando, ele diz que sente muito e devolve o dinheiro que ela deu para ele. Jocasta fala que ele fique com o dinheiro, pois o orgulho não trará nada de bom, ela também fala que Ulisses separou carroça, animais, mantimentos e armas para eles. Ela dá para Jamie um jogo de castiçal de prata que pertencia a mãe dele e que ela com certeza ficaria feliz se estivesse com ele. Jamie fica emocionado, agradece e fala que dará muito valor as peças.
Quando Ian descobre sobre os planos de Jamie, eles discutem porque Ian não deseja voltar mais para a Escócia. Ele fala para o tio que ele não deveria ter feito uma promessa sobre a vida dele, que ele havia passado por muitas coisas e perigos, que agora era um homem e como tal escreveria para a mãe dele para avisar que ficaria com os tios na América. Ah, eu amo o Jovem Ian!
Claire vai se despedir de Jocasta e agradece por tudo o que ela fez por eles, bem como pela hospitalidade. Jocasta fala que não gostaria que o episódio com o escravo Rufus tivesse acontecido daquela forma e que apesar da cegueira, ela sabia admirar uma mulher de convicção e perceber o quanto ela amava o sobrinho dela, mas que Jamie é um homem especial que não nasceu para ser um impressor e que ela está errada em não deixar que Jamie aceite o cargo. Claire fala que Jocasta só conheceu Jamie quando era criança, não sabe o que eles dois já passaram e viveram. Minha gente, mas que coisa é essa de pensar que Jamie é um pau mandado de Claire? Eles são parceiros e cúmplices que falam tudo, discutem e chegam a um concesso.
Eles vão embora de River Run na companhia de John Quincy Myers que os guia pela montanha, conta sobre os povos que vivem ali e os seus costumes. Fala sobre os índios tuscaroras que quase não existem mais e dos cherokees, comenta que sabe falar a língua indígena, pois já compartilhou muitas vezes sua cama com as índias e que são elas que escolhem o homem que querem dormir ou casar. Ian está cada vez mais empolgado com a América e com os índios. Myers vai encontrar com uns índios para comercializar tabaco e peles, e chama Ian para participar.
À noite, Jamie fala para Claire que talvez fosse melhor eles começarem a vida em um lugar que ela já estivesse familiarizada como Boston, mas Claire argumenta que ela já teve uma vida lá repleta de lembranças e que em Boston será perigoso, pois a revolução começará lá daqui a alguns anos. Ela prefere que os dois façam um lar para eles em um lugar que seja deles. Own, Jamie e Claire estão tão amorzinhos.
No outro dia, enquanto passam por paisagens deslumbrantes e de tirar o fôlego, conversam sobre Brianna e as escolhas que as mulheres do futuro podem fazer. Que Brianna ficou mais próxima de Frank quando ela estudava para ser médica e depois quando exercia a profissão, que isso estreitou mais a relação dos dois, depois ela decidiu ter a mesma profissão de Frank para agradá-lo, mas depois ela desistiu. Claire conta a Jamie que sempre soube que queria ser uma médica. Jamie fala que do jeito que Claire descreve Brianna, ela com certeza vai saber escolher o seu caminho. Claire concorda, mas fala que uma mãe jamais deixa de se preocupar com um filho. Claire sente falta da filha e Jamie sonha em conhecê-la, assim como Brianna sente falta de sua mãe e curiosidade em conhecer o seu pai. Nenhum dois três parecem totalmente felizes sem esse encontro.
Eles param para que Jamie cuide da ferradura de um dos cavalos, Claire comenta como ele faz isso bem e como ele parece feliz. Pergunta se ele se sente assim sendo um impressor. Jamie diz que era bom no que fazia, mas não podia dizer que adorava. Ela pergunta se só isso bastaria para ele agora, afinal, ele já foi um contrabandista e um revolucionário. Claire fala que na América há uma frase que representa o sonho americano – à procura da felicidade – e que ela não queria que por causa da segurança dela, ele desistisse do sonho dele. Jamie fala que quando ela o conheceu e o reencontrou depois foi como um fora da lei, mas que um homem na idade dele precisava se assentar, além dela, ele tinha Ian, Fergus e Marsali para cuidar. Que se ele pudesse colocaria o mundo aos pés dela, mas que ele não tinha nada para dar a ela. Eles são interrompidos por uma tempestade que começa a cair, a mula Clarence se assusta com um trovão e foge. Jamie ainda está cuidando do seu cavalo e Claire sai para procurá-la.
É claro que ouvimos e ouviremos muitos Claaaaiiireeeee, como também nossa Sassenach vai se perder. Clarence volta para o acampamento e Jamie sai para procurar sua teimosa Sassenach. Claire mais perdida que cueca de noivo em lua de mel, é derrubada por seu cavalo que se assusta com um raio que cai em uma árvore. Ela acorda debaixo de muita chuva e já é noite, encontra abrigo debaixo de um tronco de uma árvore caída, mas antes mete os pés em uma poça. Ela tira os sapatos e se encolhe enquanto escuta sons de animais selvagens parecendo que estão próximos dela. Ela encontra um crânio e uma pedra na terra, isso a distrai e ela começa a examinar a caveira, percebe que o dono daquele crânio teve uma morte violenta pelos ferimentos que ela encontra.
Claire vê uma luz que surge na noite e na chuva que cai. No começo ela pensa que é Jamie, mas a luz aparece e some. Quando aparece é a figura de um índio que surge com a parte do rosto ao redor dos olhos pintada de preto. Ele aparece perto dela e Claire pergunta quem ele é e o que quer, mas ele fica em silêncio, vira-se e desaparece. Claire percebe que ele usa a mesma pedra que ela achou junto ao crânio e que quando ele virou tem o mesmo ferimento das marcas que aparecem na cabeça da caveira.
Quando amanhece na floresta, a tempestade já passou e Claire percebe que os seus sapatos sumiram. Ela vê que há pegadas e começa a segui-las. As pegadas levam até Jamie que está com os cavalos perto de um riacho. Eles se abraçam emocionados, Claire fala que está muito feliz por ter encontrado ele, Jamie diz que ele ficou desesperado a procurando durante a tempestade, até que encontrou os sapatos dela ali junto com o cavalo e sabia que ela voltaria para pegá-los. Ele ficou se perguntando por que ela saiu só de meias andando por aí. Claire fala que nunca viu aquele lugar e conta a sua experiência com o fantasma do índio, dos sapatos que sumiram, que seguiu as pegadas, mostra o crânio e a pedra que ela achou, que talvez o fantasma tenha guiado os dois até ali, Jamie diz ser grato a qualquer espírito que os tenha ajudado a se encontrarem de novo. Claire vai se lavar no riacho, aproveita também para limpar o crânio e faz uma impressionante descoberta, que o dono daquele crânio possui nos dentes obturações de prata que só foram inventadas 100 anos no futuro. Então, o amiguinho fantasminha era na verdade um viajante do tempo assim como Claire e a pergunta que não quer calar, quem era tu Tatu? Por tudo o que o nosso casal já passou, por Claire ser uma viajante do tempo e por Jamie saber e acreditar, não acho que seja impressionante que eles acreditem em fantasmas.
Eles continuam a viagem e chegam a uma colina maravilhosa onde encontram morangos selvagens. Jamie fala que é o símbolo do clã Fraser, que lembra o Sr. Freselière que chegou da França e tomou posse de terras nas Highlands. Ele contempla as terras e fala que deve ser a terra mais linda que ele já viu, Claire concorda que fica difícil tirar os olhos dela. Jamie diz que a terra é boa e que no prado abaixo faria um lugar para os animais, na terra perto do rio faria o lugar para o plantio. Claire sorri apaixonada e diz para ele que reconhece esse olhar apaixonado. Jamie fala que um homem comum escolheria o caminho mais seguro e não ali distante de tudo, que teriam que aceitar as terras do governador e lidar com tudo o que viria junto. Claire fala que sonhou muito com um lugar que fosse deles e que eles pudessem chamar de lar. Jamie pergunta se ela confia nele, ela responde que com a vida dela. Ele pergunta se confia com o coração também e Claire responde que sempre, então Jamie fala que eles encontraram a casa deles. Finalmente, o Sr. e a Sra. Fraser chegaram à Colina Fraser e vão construir o lar deles juntos.
Ah, eu gostei muito, mas muito mesmo deste episódio. Houve mudanças, mas não acho que alteraram tanto a história. Gostei de Brianna e Roger. Em vários momentos foi levantada a questão do empoderamento da mulher, com Myers explicando que são as índias que escolhem com quem querem deitar ou se casar, também quando Claire explica que no futuro as mulheres podem ter direito à escolha sobre sua vida e profissão. E com Brianna decidindo que ainda não é momento de aceitar um pedido de casamento e ter filhos, porque ela não se sente pronta ainda mesmo que ame Roger, mas que isso não significa que ela não queira fazer amor com ele. Foi bom também o momento entre Jocasta e o seu sobrinho, como também o embate entre ela e Claire. Duas mulheres fortes, determinadas que se admiram, mas que não conseguiriam viver no mesmo lugar por pensarem de forma totalmente diferente uma da outra. Gostei do encontro com a caveira e o que isso trará mais à frente e o ápice do episódio que foi quando eles encontram as terras onde vão construir a casa deles e transformar em um lar. Muito lindo e emocionante porque isso foi algo que eu sempre gostei nos livros, a vida deles e como eles eram felizes em Frasers Ridge.
OUT¹: Toda vez que a personagem Fiona aparece em cena, eu na hora lembro da descrição que a Diana Gabaldon faz dela no livro – baixa, gorda e bonita como uma pequena galinha marrom – e me questiono onde diacho ela busca esses adjetivos tão criativos.
OUT²: Amei a gritaria de Clarence e já imagino como será a aparição da Maldita Porca Branca.
OUT³: Entendo que o livro possui muitos trechos marcantes e que são apenas 13 episódios, mas senti falta de Claire respondendo com o Cântico de Rute a Jamie quando ele diz que não tem nada para oferecer a ela e depois quando eles decidem ficar na colina, com Jamie e Claire se amando para abençoar e fecundar o solo de Frasers Ridge. Trechos lindos e apaixonantes que sempre emocionam muito.